domingo, 3 de fevereiro de 2013

O meu nariz

Epa imaginem uma nota introdutória bonita e essas paneleirices que os bloggers a sério fazem. Foram estas duas linhas pronto.
Imaginem-se a falar com aquela dama que vocês vêem a passar todos os dias na escola e que nunca vos falou, mas calhou naquele dia ela falar. Ela fala e tal e um gajo com aquela ranhoca chata, aquela comichão no nariz que ninguém deveria ter quando fala com uma miúda.
Temos uma conversa, timidamente faço perguntas sobre ela e ela responde mostrando-se interessada e sorridente, muito tímida não me olha muitos nos olhos e ainda bem pois a comichão no nariz é cada vez maior, para além da ranhoca parece que há vida lá dentro. Não sei que faça, meter a mão é muito arriscado. Já sei vou tentar convidá-la para um café e dizer que tenho de me ir embora. É isso que faço, ela aceita, eu fico radiante por dentro mas mostro-me calmo. Ela após meia hora de conversa sente-se à vontade e pergunta-me algo que eu estranho “qual a profissão do teu pai?”, eu estranhando a pergunta respondo, “é marisqueiro porquê?”. Ela levanta-se, esboça um sorriso e diz “eu vi logo, beijinhos.” Vira costas e sai. Eu finalmente meto a mão ao nariz e aflitivamente tiro o que lá estava, um burrié, um malandro que sem eu dar conta entrou no meu grande nariz nessa manhã enquanto ajudava o meu pai. Tirei-o e saí dalí.
            Já aconteceu a todos eu sei.

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