quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Como escrever um livro.

Como escrever um livro: para quem não é criativo mas que quer ser um escritor publicado e reconhecido. Primeiro ponto – fale de uma polémica na qual esteve envolvido. Se não esteve envolvido em nenhuma, diga que se cruzou certa vez com um sujeito que conhecia a prima de um envolvido numa polémica a que se esteja a referir. Em último caso, invente uma.
Segundo ponto – Refira-se a si mesmo na primeira pessoa do singular. Referir-se na terceira pessoa do singular dá ares de egocentrismo.
Terceiro ponto – não se preocupe com o português. Use a sua linguagem normal. E mesmo que a ocasião não o peça, use o calão, insultos e nomes feios.
Quarto ponto – escreva 50 páginas da suposta polémica e da sua experiência de vida.
Quinto ponto – coloque imagens, letras grandes, muitos espaços brancos e nada de muito extenso em cada página. Se seguir estes pontos à risca, terá agora um livro de 200 ou mais páginas.
Sexto e último ponto – leve a uma editora. Se aceitarem, é porque você fez tudo bem.

Nota: se preferir, substitua polémica por celebridade que conheceu ou com quem esteve envolvido.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sonhos de criança

Quando andava no ensino básico fiz um trabalho, em Área de Projeto, a defender a arte urbana, nomeadamente o Graffiti! Era o meu grito de rebeldia da altura. Pesquisei exemplares desta arte no Google, escolhi os melhores, introduzi-os num powerpoint, reuni alguns argumentos a favor da minha tese ("O Graffiti não é javardice, é rebeldia artística bué da fixe") e depois apresentei o meu trabalho à turma. Quando acabei, não me senti satisfeito porque, na verdade, estava-me a borrifar para as artes urbanas. O que eu queria mesmo era insurgir-me contra o reino dos adultos bem formados e eticamente corretos e não tinha conseguido nem uma pontinha de revolta ou de desaprovação da minha docente. Isto irritou-me severamente, pelo que fiquei largos minutos olhando a professora, que continuava a sua aula com a maior das naturalidades. Foi então que dei o meu verdadeiro parecer acerca do asunto - mandei a professora para o pénis, quando a funcionária chegou para me levar para o concelho executivo, mandei-a para o pénis também e quando cheguei ao gabinete da diretora, mandei-a igualmente para o pénis!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Apelo aos Nossos Seguidores

Dia 5 de Fevereiro de 2013 assinala o Dia Mundial da Nutella.
Confesso que é uma data importante para mim, quase como um Natal em pleno Fevereiro, um aniversário no início do ano... um Dia dos CTT que surge mais cedo!

A Nutella é para mim o que o Benfica é para muitos portugueses: algo de que desfrutam uma vez por semana mas em que pensam todos os dias. E só não falam sobre isso se não tiverem com quem discutir tal assunto (o que no caso da Nutella não é fácil...).

Por isso gostaria que todos vós que lêem esta página, que nos acompanham nestas nossas divagações acerca do dia-a-dia, a todos aqueles que reflectem sobre as nossas palavras (sim, mesmo as do Maçãs)... Peço a todos que se juntem a mim na celebração do Dia da Nutella.
Quero sentir que não estou só, que este nosso espaço pode fazer a diferença. No fundo, que somos importantes para vocês tal como cada um de vocês é importante para nós. Aliás, se todos vocês fossem apenas meia dúzia, convidava-vos para um café. Vá, um carioca, que eu não ando a nadar em dinheiro.

Assim, e em resumo, dêem-me a mim (e a vocês próprios) algo por que celebrar neste dia. Não peço nada monetário, nem postais comemorativos e muito menos colheres -- que eu tenho a minha própria, por causa dos germes.

Gostaria que, neste espaço de comentários ou nas nossas redes sociais, constituidas por uma página de Facebook, um pager e um apartado em Mem-Martins, descrevessem o que significa para vós a Nutella. Algo do género: "O que mais gosto na Nutella é..." ou  "A minha maneira favorita de desfrutar de Nutella é...", para que possamos todos celebrar esta data em comunhão. E cuidado com as respostas à segunda frase.

As duas melhores frases receberão um frasco (ou um boião, a mesma coisa) desta preciosa substância, assim como a minha eterna gratidão por me mostrarem que não estamos sozinhos nesta página.
Adoro-vos a todos. São os melhores seguidores que qualquer pessoa pode ter. Excepto aquele tipo esquisito que me continua a mandar mensagens com a sua morada e fotografias do que penso ser o seu hamster.


Aguardo as vossas contribuições para este nosso espaço de harmonia e paz. Beijos e abraços.
Até para a semana.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A Filosofia do CAPS LOCK.

SEJA BEM VINDO!
SENTE-SE.

JÁ ESTAVA SENTADO? ENTÃO VOCÊ DEVE SER ADIVINHO PARA JÁ ESTAR A PENSAR QUE EU IA LHE PEDIR PARA SE SENTAR E PARA ME SURPREENDER SENTOU-SE PRIMEIRO.
ESTA NOITE DECIDI FALAR-VOS DA FILOSOFIA DO CAPS LOCK E PORQUE RAZÃO TODOS NÓS DEVÍAMOS ESCREVER ASSIM. TAMBÉM VOS QUERIA FALAR SOBRE TOMAR ÁCIDOS E SNIFAR COM REGULARIDADE MAS FICA PARA A PRÓXIMA PORQUE NÃO ESTOU EM CONDIÇÕES.
A FILOSOFIA DO CAPS LOCK É FASCINANTE PORQUE PARECE QUE ESTAMOS SEMPRE HISTÉRICOS, EXALTADOS, FURIOSOS E AOS GRITOS (SIM PARECEMOS PEIXEIRAS) MESMO QUANDO NÃO ESTAMOS.
TODOS DEVÍAMOS ESCREVER ASSIM PORQUE ESTARÍAMOS A DEMONSTRAR MELHOR AS NOSSAS EMOÇÕES.

E É ESTE O TEXTO DE MIM PARA VÓS HOJE.

O CAPS LOCK EXISTE POR ALGUMA RAZÃO.

USEM-NO.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Escrevi

Olhem para esta gente! Falam da atualidade desportiva, escrevem só por escrever, sem tema, tentam alcançar o público, através de ações e apetites comuns, a todos nós, e fortuitos dos nossos dias de todos os dias. Inventam histórias ridículas, quase impensáveis, improváveis, criam trocadilhos de todo toscos, fáceis, ligeirinhos. Não magoam, nem curam, não constroem, nem destroem coisa nenhuma. Ficam-se pelo arroto inodoro e silencioso. E ainda assim, Leiam-me!, gritam eles até fazer ferida e, nem por isso, os lêem. Que despiedado ser, o humano! E continua a gritaria, ainda que, por vezes, muda e dissimulada. Ninguém percebe que está tudo dito, não há mais nada a acrescentar, alguém já escreveu esta mesma frase, não sou o primeiro nem o último (sim, porque as tentativas de escrever qualquer coisa completamente nova e original multiplicam-se à velocidade de medíocres rasgos de inteligência, por todo mundo, a todo o instante). "As palavras estão gastas" como dizia Eugénio de Andrade e, para além de estarem gastas, não há uma única combinação entre elas que não tenha já sido feita. Todas as frases já foram concebidas. "Vem para casa!" "Fica comigo." "Gostava, queria, que, por mais que desprezem a seguinte frase, a aceitem como sendo vossa." Ah sim, mesmo a mais complexa estrutura frásica já foi conseguida. Mesmo a maior incoerência. Mas sabem que mais? Eles vão continuar a berrar desalmadamente para que os leiam e, eventualmente, por uma vez ou outra, vocês lê-los-ão só para ver em que ponto é que o desespero vai no campo da escrita.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sporting II

Eu sei que em tempos de crise é lixado falar de temas que andam a puxar pela incredulidade da opinião pública. São esses assuntos que me dão ainda mais pica de comentar aqui. Porquê? Sadismo. Não, não sou do Vit. de Setúbal, apenas sou sádico. Como tal vou gozar mais um bocadinho com os sportinguistas, esses seres em alto risco de suicídio.
Se são espetadores de televisão, com certeza reparam na "bitch-fight" entre Sporting e Porto. Sim, parece uma luta entre duas gajas por causa de roupa. Imaginem que o FCP se chama Maria, o SCP Henriqueta e o Ismaylov é um par de botas Jeffrey Campbell.
- Quando a Maria viu a Henriqueta com o Ismaylov nos pés, com certeza terá pensado o seguinte: "Cabra dum raio, que botas de merda!", ou em futebolês "Estes cabrões têm um russo marreco que não joga um cacete à bola!".
- Como as raparigas são falsas, tal como os dirigentes desportivos, o pensamento manifestado era com certeza o contrário, isto é:

  • A Maria adora as botas da Henriqueta e quer ter umas iguais, mas como o Ismaylov é único - merda igual não há - espera uns aninhos até que a Henriqueta as deixe de usar para comprar umas iguais (mas depois vai.-se a ver e são diferentes porque o Ismaylov teve que por mais um "Y" no nome para disfarçar). 
  • A Henriqueta ao presenciar esta falcatrua pensa: "Cabra, tem umas botas iguais às minhas!", mas a Maria finge que não é nada com ela e mete o Ismaylov a marcar golos!
Perceberam o raciocínio? Ótimo! Eu acho que me perdi a meio mas fiz passar a mensagem.
Os portistas têm inveja do Sporting, por isso é que lhes andam a roubar os jogadores! O que é que se segue? Tomar o estádio de assalto?! Comprar o Sporting?
Eu nem quero imaginar o descalabro que seria.

Primeiro Varela, depois Moutinho... Agora Ismaylov e fala-se em Liedson. Só falta porem dirigentes desportivos sportinguistas no Porto, mas isso significaria a ruína total do clube e a glória do Benfica durante muitos anos. Agora, há apenas um equilíbrio.

O ideal era mudar toda a estrutura do Porto, e transformá-lo no SCP - Sporting Clube do Porto - em que tudo o que existe foi produzido pelo Sporting. O equipamento até tem riscas e tudo!!!

Sob o signo de um leão que cospe fogo, teria a seguinte Direção:
- Presidente - Luís Figo;
- Vice - Simão Sabrosa;

Outros nomes possíveis:
Pedro Barbosa;
Rochemback;
Rogério;
Douala;
 (e todos os membros do plantel do ano em que foram campeões pela última vez!)

Enfim acho que o número de benfiquistas vai subir, porque os adeptos dos outros grandes não sabem de que clube querem ser. Só faltava mesmo o Patrício ir para o Porto.

Numa madrugada qualquer

E se eu escrever aqui sem parar?
E se eu, por qualquer coisa que me tenha dado, quiser escrever e escrever e escrever letras atrás de letras, palavras atrás de palavras sem parar para pensar no que escrever aqui? Nada disto tem que fazer sentido, nada do que acontece alguma vez faz total sentido.

Posso apenas escrever letras após letras como se estivesse a carregar erráticamente (será esta a palavra? Nem me interessa...) em teclas de computador ou como se (abcdefghijklmnopqrstuv) eu fosse alguém que não compreendesse as regras da escrita. Mas compreendo e por agora não quero usá-las, recuso a lógica, recuso o certo, mas recuso também a forma certa de estar errado; recuso tudo e afasto o que estiver no meu caminho. Por agora só quero escrever, sem rumo e à deriva -- por outro lado, será que alguém que escreve pode de facto estar à deriva, sendo que até o nada é sempre um assunto?

Não, não paro. Não paro... NÃO PARO! Ninguém me obriga. E quem levará a mal? Não é crime sentir-se vazio, não é crime tentar não sentir, não é crime estar nervoso e não é crime escrever. Por enquanto.

Enquanto esta veia de pseudo-poeta der, ainda vou tendo material. Não quero parar. Porque não ser aleatório? É algo novo... e o pior é mesmo não fazer nem dizer nada novo, exactamente o que me levou até aqui.
Relógio, dado, cadeira, tupperware, venda a retalho, almofada, complemento, fagote, Roberto Leal, jacuzzi. (Esperemos que estes três últimos nunca estejam relacionados.) Alguns exemplos de quão aleatório alguém pode ser. Faz sentido? Nope. Mas é interessante de fazer? Hellyeah.

Vou parar, está quase, tenho de parar. Ainda não esqueci o que me levou a isto, mas está quase. E é por isso que não quero parar. Oh, como eu quero ter uma ideia que não me faça parar!
Mas parei.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Noites frias e marias

Sabem aquela vontade súbita, aquele momento em que estamos emaranhados dentro do cobertor e da manta no sofá e nos apetece comer? Está a apetecer-vos? A mim não. Mas isso é porque já saciei a fome faz agora uns minutos.

Destemido, deixei o cobertor para trás e, de chinelos nos pés, corri até à cozinha (corri mesmo porque pareço ainda mais fixe), abri o frigorífico... nada. Nada não, comida havia, mas sabem como é, nada que nos satisfaça nesse momento. Bah! Despensa és a minha esperança final! Adivinham o que eu tenho, não? Sim, bolachas. Mas não uma bolacha qualquer! A bolacha de todos os momentos, que nos acompanha quando mais precisamos e que está sempre lá quando mais precisamos: a bela da Maria!

A Maria sim. Que nunca sabe mal, que consegue ser, às vezes, a melhor de todas as bolachas do mundo imaginário das bolachas! Esta era tostada. Maria tostada! Damn! *.*

Voltei ao sofá: televisão, pc, cobertor e Marias. A cultura do ócio tem destas coisas! Como é bom não ter que fazer.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Rei Alentejano

E a sua queda, o enxerto de porrada, o despedimento e a sua morte por violação

Primeiro que tudo, imaginemos o alentejano com uma coroa na cabeça, sentado num trono gigante e possante, com um sorriso cintilante, com a mania, com um cu que fala francês, italiano e chinês. Cu culto.
Agora imaginemo-lo morto e violado por patos violadores. Porque é assim que começa a nossa história.

O alentejano estava morto. Todos sabemos quem era o alentejano, portanto não vale a pena descrever a sua figura. Mas vamos descrever à mesma. Era gordo, feio, parvo, careca, mas tinha todos os dentes e não pagava as contas. Por isso é que estava morto. E mais, sempre que passava por um mendigo, começava a sorrir e a exibir os seus dentes, dizendo: eu tenho, tu não.

Geadas era rico, excêntrico e almeida aos domingos. A sua riqueza era invejada por toda a gente e a sua fama já tinha chegado a todo o mundo. Pelo menos nos seus sonhos. No entanto não era nenhum mestre em filantropia. Aliás, não era nada generoso. Não que não tivesse tido momentos de repentina generosidade ao longo da sua vida, mas quando assim acontecia era porque lhe convinha ou simplesmente porque lhe apetecia. E muitos eram os que lhe batiam à porta a pedir algo, desde um pouco de açúcar a quinze euros. E nessas alturas Geadas limitava-se a abanar a cabeça, deitar a língua de fora e a desaparecer.

O começo do Geadas foi humilde, mas interessa-nos o seu fim.
Um dia ele caiu da cadeira, levou um enxerto de porrada, foi corrido ao pontapé do talk show, perdeu a mania e foi violado ferozmente por patos violadores enquanto pisava minas de cagalhões.

Que Deus tenha em descanso a sua alma.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O Regresso do Rei

Antes de mais nada gostaria de desejar a todos um Feliz Natal e um Bom Ano Novo!

Provavelmente estão todos como eu: gordos, inchados, com uma quantidade exponencial de açúcar e álcool no sangue e com a vossa dieta do Inverno arruinada. Ainda se comem doces do Natal e se ressaca do Ano Novo, eu pelo menos, porque tive uma congestão na noite no meu revelhão.

Eis que regresso depois de uma longa ausência, devido a uma reunião de negócios que tive no Dubai por causa da reserva de petróleo privada que tenho no quintal. Só cheguei há pouco porque tive de ir e vir de autocarro e fiz escala em Fátima - o que é uma porcaria porque demorei o dobro do tempo- o que se traduziu numa ausência que certamente revelou que eu não estava cá. Certamente terão havido convites a convidar pessoas a visitar este glob mas como eu estava ausente não estando presente as pessoas não liam.

Okay depois deste nó no cérebro providenciado pela desconexão do meu discurso, vou refletir sobre as minhas férias de Natal em tópicos:
- Comi bué - tipo bué;
Ingeri uma quantidade incrível de doces, o que me provocou uma dilatação ligeira da cavidade abdominal, logo regularizada por várias idas à casa de banho num misto de sensações de aflição/alívio;

- Participei nas Festividades Natalícias Caraterísticas do Povo Ocidental;
Estive presente na Missa do Galo e vi que a missa é celebrada com uma criança meio despida no altar, à qual são dados beijos no final da cerimónia por parte dos fiéis. Sr. Papa Bento XVI: Depois quer que não hajam boatos;

- Tive prendas:
 Cuecas, chocolates, roupa interior e chocolates (e dinheiro em spray);

- Passei o ano em beleza:
Estava mesmo lindo, bem arranjadinho e tal... Só que comi que nem um javardo e tive uma paragem de digestão. Quase morri, mas fui salvo por um bebé em cuecas - Thanks Baby Jesus!

Pedro Geadas - o Rei regressou ao glob do Rita!