segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Numa madrugada qualquer

E se eu escrever aqui sem parar?
E se eu, por qualquer coisa que me tenha dado, quiser escrever e escrever e escrever letras atrás de letras, palavras atrás de palavras sem parar para pensar no que escrever aqui? Nada disto tem que fazer sentido, nada do que acontece alguma vez faz total sentido.

Posso apenas escrever letras após letras como se estivesse a carregar erráticamente (será esta a palavra? Nem me interessa...) em teclas de computador ou como se (abcdefghijklmnopqrstuv) eu fosse alguém que não compreendesse as regras da escrita. Mas compreendo e por agora não quero usá-las, recuso a lógica, recuso o certo, mas recuso também a forma certa de estar errado; recuso tudo e afasto o que estiver no meu caminho. Por agora só quero escrever, sem rumo e à deriva -- por outro lado, será que alguém que escreve pode de facto estar à deriva, sendo que até o nada é sempre um assunto?

Não, não paro. Não paro... NÃO PARO! Ninguém me obriga. E quem levará a mal? Não é crime sentir-se vazio, não é crime tentar não sentir, não é crime estar nervoso e não é crime escrever. Por enquanto.

Enquanto esta veia de pseudo-poeta der, ainda vou tendo material. Não quero parar. Porque não ser aleatório? É algo novo... e o pior é mesmo não fazer nem dizer nada novo, exactamente o que me levou até aqui.
Relógio, dado, cadeira, tupperware, venda a retalho, almofada, complemento, fagote, Roberto Leal, jacuzzi. (Esperemos que estes três últimos nunca estejam relacionados.) Alguns exemplos de quão aleatório alguém pode ser. Faz sentido? Nope. Mas é interessante de fazer? Hellyeah.

Vou parar, está quase, tenho de parar. Ainda não esqueci o que me levou a isto, mas está quase. E é por isso que não quero parar. Oh, como eu quero ter uma ideia que não me faça parar!
Mas parei.

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