quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Rei Alentejano

E a sua queda, o enxerto de porrada, o despedimento e a sua morte por violação

Primeiro que tudo, imaginemos o alentejano com uma coroa na cabeça, sentado num trono gigante e possante, com um sorriso cintilante, com a mania, com um cu que fala francês, italiano e chinês. Cu culto.
Agora imaginemo-lo morto e violado por patos violadores. Porque é assim que começa a nossa história.

O alentejano estava morto. Todos sabemos quem era o alentejano, portanto não vale a pena descrever a sua figura. Mas vamos descrever à mesma. Era gordo, feio, parvo, careca, mas tinha todos os dentes e não pagava as contas. Por isso é que estava morto. E mais, sempre que passava por um mendigo, começava a sorrir e a exibir os seus dentes, dizendo: eu tenho, tu não.

Geadas era rico, excêntrico e almeida aos domingos. A sua riqueza era invejada por toda a gente e a sua fama já tinha chegado a todo o mundo. Pelo menos nos seus sonhos. No entanto não era nenhum mestre em filantropia. Aliás, não era nada generoso. Não que não tivesse tido momentos de repentina generosidade ao longo da sua vida, mas quando assim acontecia era porque lhe convinha ou simplesmente porque lhe apetecia. E muitos eram os que lhe batiam à porta a pedir algo, desde um pouco de açúcar a quinze euros. E nessas alturas Geadas limitava-se a abanar a cabeça, deitar a língua de fora e a desaparecer.

O começo do Geadas foi humilde, mas interessa-nos o seu fim.
Um dia ele caiu da cadeira, levou um enxerto de porrada, foi corrido ao pontapé do talk show, perdeu a mania e foi violado ferozmente por patos violadores enquanto pisava minas de cagalhões.

Que Deus tenha em descanso a sua alma.

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