sábado, 29 de dezembro de 2012

Finalmente acabou.

Estamos de férias e é por isso que não temos escrito nada para aqui.

Isso e porque somos calões.

 E porque como todos os grandes grupos recheados de fama e sucesso, estamos sob o efeito de álcool e de drogas.

E porque provavelmente nos vamos separar.
Eu apresentarei "Afinal a Rita Pereira já gosta de mim mas ainda guarda ressentimento" (título que roubei a Pedro Oliveira mas que vamos dizer que fui tudo ideia minha, mesmo que ele me leve a tribunal), Geadas viverá na miséria sem ninguém (risada maléfica), Pinela irá realizar um documentário sobre as suas aventuras no programa, intitulado "A vida de uma banda - ser escravo ou ser escravo, é a única opção", André Dias, um dos nossos escritores, fará uma crítica sobre o quão grandes são os títulos dos nossos projectos mas morrerá assassinado (porque eu não tolero críticas) e por fim, eu outra vez, serei rico e famoso, mas morrerei aos 27 anos, como morrem as estrelas fixes.

E é tudo.

Bom 2013 para os que merecem e não merecem.


Duarte Henriques

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Cheirinho a podcast...

Começo a escrever com um cheiro intragável que me chega às narinas! 'Já chegou ao Pinhal Novo', diz o Vasco. Riem-se os outros. Os que mandam. Ou pensam que sim. Entre peidos e arrotos, táxis e sanitas, aqui fica um cheirinho do que se avizinha! Agora vieram os pelos do cu! Solidão? A cagar defende-se o Vasco. Agora com almofadas. Na sanita porque fica fria! Não se pode comparar Duarte! Isso é comparar javardice com... Passaram rapidamente para idas ao shopping. E para gaivotas! Não chamem Otávio aos vossos filhos, aconselha o Vasco. Agora conta que estava a cagar em cima duma laranjeira. Com a avó a caminho para pegar umas quantas. Estava à porta. O cagalhão, claro. Foi digno de Matrix. Caçadores e formigas?! A sério Vasco? Esqueceu-se... Armaduras de esmeralda e jogos online é uma epidemia diz o Vasco. Tinha uma namorada. Mais velha, ah pois. Estava com outro. Foi ver 'se estão a foder para ver se fico fodido'. Estavam a jogar world of warcraft. Desperdício de tempo. Ai ai Vasquinho. Ribatejo. Fugaça? Careca? Random words! Vingança? Dar com mais força? Acalma-te Vasco então? O Geadas nunca viu o Kill Bill? Homework son! Grande Tarantino! O Geadas leu anita. O Duarte não. Pílulas e mães adolescentes. A anita teve disso. Pi-(lu)-la! Aqui não se aprende nada, mas entre peidos e arrotos, fica um cheirinho a podcast!

domingo, 9 de dezembro de 2012

A problemática da osculação

A primeira rapariga que eu beijei na boca chamava-se Verónica – triste facto que ainda hoje não ultrapassei, visto que este nome se trata duma foleira versão dum outro a que associo gajas boas a toda a hora, Mónica. Era de manhã, numa sexta-feira (sim, eu apontei o dia num gesto comprovador da minha heterossexualidade perante o Mundo) e estava tudo combinado, íamos beijar-nos na boca. E assim foi, encostámos os lábios e pronto. Passado esse momento, dei logo conta de que era facílimo dar beijos daquela forma e que não havia nada de adulto naquilo, aliás, era como dar beijos na cara, só mudava o sítio onde se dava – parvoíce minha, evidentemente. No dia seguinte, uma amiga dela vinha, como intermediária, ter comigo para me fazer uma pergunta embaraçosa demais para ser a própria Verónica a fazer: “Que é que dizes a um beijo na boca, mas com língua?”, ao que eu respondi com cara de parvo: “Que javardice é essa? Eu não sei fazer isso e parece-me nojento. Que é que eu vou fazer com a língua dentro da boca dela?”. Enfim, perguntas filosóficas próprias da tenra idade. É então que, esquecendo-me de que a minha amada não tinha sido informada de que não era suposto o beijo cheio de cuspo ter lugar, vou para lhe dar um beijo dos normais, enquanto ela abre a boca disposta a devorar-me toda a cara. Já se está mesmo a adivinhar, não está? Pronto, eu digo, dei-lhe um beijo na língua. Passou-se o tempo necessário para eu conseguir voltar a olhá-la, ainda que de soslaio, ou seja, cerca de duas semanas, e acabei com ela. Deste episódio tirei a resposta às tais perguntas filosóficas que havia feito, anterior e retoricamente, à amiga da Verónica. Que javardice é essa de beijos na boca com a língua? (Suspense!) Como, por si só, a pergunta já sugere: essa javardice de beijos na boca com a língua trata-se de… javardice! E o que é que eu vou andar a fazer com a minha língua dentro da boca doutra pessoa? Bem, esta resposta, é já mais complexa na sua resposta, mas nos dias de hoje, eu responderia que são movimentos dum músculo molhado que deambula descoordenadamente em busca duma Mónica qualquer!

sábado, 8 de dezembro de 2012

O Péssimo Anfitrião

As minhas qualidades de anfitrião sempre deixaram muito a desejar.
Já foram algumas as vezes em que recebi convidados todo nu ou em cuecas. Mas também, como sou homem e daqueles bem machos, descendente de africanos, que dá os parabéns à sua mãe todos os dias pelo trabalho que fez e que não tem vergonha nenhuma de andar ao som da liberdade e do badalo de um lado para o outro não há problema. Se o possível leitor conhece-me então neste momento está-me a imaginar nu. Se não está, devia, porque sou muito giro.
No entanto, concentremos-nos no tema que vos aqui trouxe, que é o facto de eu ser um péssimo anfitrião. Como não sou parvo nenhum, ainda vivo com os meus pais. É certo que isso dá discussões constantes e imposições do género: "tens horas para chegar a casa";"estás de castigo";"bláblá";"patapati patatapá"; Chego a uma altura em que já não oiço. Enfim, pais a tentarem ser pais, tão século XX. Mas tem as suas vantagens, uma das quais é um ordenado constante por ser um bom filho. Há quem diga que é mesada e há quem diga que é só ordenado por ser um filho razoável. Eu gosto de acreditar que sou um filho fantástico. Aliás cada vez que deixo algo por fazer que devia ter feito lembro-me do Pedro Abrunhosa e da sua música "Vamos fazer o que ainda não foi feito" e urino-me a rir, por pensar "nem penses", pois sei que eles vão me desculpar e dizer: "Damn, que rico filho!".
Bom, mas voltando ao eu ser anfitrião. Não ofereço nada para comer nem para beber. Aliás, muitas são as vezes em que simplesmente apareço a comer ou a beber alguma coisa e não ofereço nada. Nunca digo "estejam à vontade" ou "mi casa es su casa" porque sinceramente, sou aldrabão mas não sou assim tanto. Não vou oferecer a escritura da casa a cada pessoa que lá entra. Ridículo.
Convido amigos cá a casa porque sei que quem paga o que é consumido ou quem limpa o que é sujo não sou eu. "Grande lata!" poderão dizer uns. E eu digo "Azar!". Mas quando os convido, não faço aquela viagem de rotina pela casa toda dizendo "Aqui é a sala, aqui é o quarto". Simplesmente abro a porta, cumprimento, fecho a porta, vou para o meu quarto e deixo os convidados desamparados e à sua mercê. "Encontrem eles o quarto ou casa de banho". O que pode ser um perigo e causar roubos. Aprendi isso da forma difícil e nunca mais vou convidar gente que não conheço de lado nenhum.
Outra das maravilhas de ter pais em casa é que podem eles entreter os convidados que eu convido. Convido convidados. Muitas são as vezes em que à mesa de jantar, simplesmente me canso e vou para o meu quarto dormir enquanto os meus amigos ficam na sala a falar com os meus pais. "Não tens medo que os teus pais contem segredos teus?" certamente perguntam. Não meus caros, eu sei coisas dos meus pais que eles não querem que ninguém saiba. É um jogo que eles nunca vão arriscar a jogar comigo.

Ass: o vosso pior pesadelo

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Uma Ode Redonda

Esta é uma história sobre aquele dia frio em Estocolmo.
Conheci-a na minha infância. Malmö não era o lugar ideal, bem sei, mas em ocasiões como estas o que é que isso interessa? Apesar de ser muito novo, senti algo que nunca tinha sentido e jamais voltei a sentir. A sensação da primeira vez que a vi foi indescritível, a da primeira vez que lhe toquei incomparável  Poucas palavras há para a descrever. A sua beleza reside na simplicidade, por isso simplesmente digo: ela era linda. Passados tantos anos, ainda hoje o é.
Cresci sempre junto dela. Apesar de por vezes nos termos afastado, arranjei sempre maneira de ficarmos perto. Esperei muito, desesperei ainda mais. Mas nunca perdi de vista o objectivo: por vezes esperar é uma virtude. Até que a oportunidade chegou: tinha-a convencido, a ela e a todos.
Vivemos juntos em Malmö até aos meus 20 anos. Passámos lá bons momentos, mas ambos queríamos mais. Sem nada dizermos um ao outro, ambos partimos. Mas algo se passava: Holanda, Inglaterra, Espanha, Itália... por todos os locais onde passei, lá estava ela. Ao início pensei em perseguição, a ordem de restrição já estava pronta! Mas concluí ser destino... e decidi não o combater.
Nessa altura, ela ficou a meu lado, ajudando-me nos meus sucessos, suportando-me nas minhas quedas. Ela realmente foi a minha salvação das trevas e da ruína.
Por agora, instalámo-nos em França. Não estamos tão juntos como dantes, os nossos tempos áureos foram outros. Por vezes sento-me a olhar para o horizonte de Paris. E pelo meio de todos os telhados e casas iluminadas, penso no que ainda não fizemos.
Admito, há quem te conheça melhor do que eu, quem perceba todas as tuas virtudes e manhas, desafie a tua lógica. Trouxeste-me dinheiro, fama, reconhecimento. Mas falta-nos qualquer coisa, essa centelha genial, esse momento que nos ponha na História que faça a nossa história digna de ser vista e contada. Mas esse momento chegou.
Estava noite em Estocolmo. Tinha uma sensação de que te ia encontrar e de que aquele seria o dia. Tinha razão.
Relva à nossa volta dava o cenário perfeito para a ocasião, muitos e melhores locais já tinham passado pelos meus olhos, mas aquele pareceu-me especial.
Vi-te ao longe, a tua silhueta no ar. E naquele momento lembrei-me de tudo o que nós passámos, de onde viemos e até onde estamos dispostos a ir. E percebi: estava na hora. Corri para ti como nunca, passei por tudo e todos, homens a olhar para mim como se eu fosse louco, como se não valesse a pena. Mas não se enganem, valeu.
Aproximei-me dela, ela recuou após ter levado um encontrão, esperei que ela chegasse a mim, os dois cada vez mais próximos e, naquela fracção de momento, fi-la subir aos céus. Não dei hipótese. Escusado será dizer que, posteriormente, entrou na perfeição.

Esta foi uma história sobre aquele dia frio em Estocolmo. 
Aquele dia em que eu, Zlatan Ibrahimovic, marquei um pontapé de bicicleta do catano contra a Inglaterra.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Gajas & Inc.

Então, vamos lá começar! ‘Bora lá, Vasco, tem de ser engraçado. Não fales em desgostos, nem em experiências pessoais que te fazem tirar conclusões super interessantes acerca da grande problemática do sentido da tua própria existência, mais ou menos humana – eu sei que adoras o tema e que nunca consegues verdadeiramente abstrair-te dele, mas tenta, com força, sem deixar escapar gazes. Começa: levaram os cães. Que foi? Não sabem o que é levar cães? Meteram-nos numa caixa que, por sua vez, foi dentro dum porta-bagagens dum carro e levaram-nos. Eram os meus cães. Desde a minha mais tenra infância que os tinha em casa dos meus avós – meio rural, onde as pessoas deixam passar “dissestes” e “fizestes” sem correção e, muitas vezes, sem sequer saberem que o que acabaram de proferir constitui um crasso erro gramatical susceptível de um efeito idiossincrático atroz em qualquer alminha com o ínfimo vestígio inteletual. Chorei muito, é a verdade, para que é que havia de a esconder? Ao choro, seguiu-se uma tanta ou quanta revolta, que me levou a espancar umas tralhas. Resultado: as tralhas não deram sinais de terem ficado afetadas pela minha sova, os meus punhos sim. E com isto apercebi-me, numa mudança de estado espírito a puxar para a atividade introspetiva: “Espera lá, isto doeu. Para que é que me fui a armar em personagem de cinema irritado com a vida e com as suas fatalidades? Está bem que gosto de pensar que tenho aspirações ao mundo do Cinema, mas porra, era escusado ter partido dois dedos e ter deslocado outros dois.” Desta maneira, um pouco ingrata, concluí, foda-se, era amor que eu tinha pelos cães.

Para a minha irmã

Hoje acordei e decidi escrever para a minha irmã. Porque embora não pareça - e note-se que é esse o objectivo - eu de facto nutro um grande amor por esta criatura do submundo. Mas não do género de amor de irmãos que há n'Os Maias, do pequeno Eça. Esse tipo de amor dá-me vómitos. Falo daquele amor fofinho que enquanto somos adolescentes está disfarçado num ódio parvo recheado de discussões e acusações e de divisão de tarefas caseiras chatas.
Bom, por onde começar? Já sei, a apresentação.
Senhoras e senhores, meninos e meninas, sem mais rodeios e disparates, apresento-vos a mestre dos mestres do não posso fazer porque estou ocupada, a licenciada e mestrada em zapping, a rainha das preguiçosas, a profeta dos calões, Marta, que de agora em diante, porque me apetece, se vai chamar Urina Pacova. Já agora este nome é giro.
Há várias pequenas coisas que podem resumir e descrever a minha irmã.
Primeiro, tem um excelente talento para a teatralidade. De facto, muitas foram as vezes que apanhei com o chinelo ou que fiquei de castigo graças às suas falsas birras. Orgulho. Há de ser uma excelente actriz. Ou então não.
Segundo, no que toca a artes dadaístas, ela foi um génio. Na sua infância tinha o hábito de escrever o seu nome em tudo quanto era sítio. O que por um lado era óptimo. Se alguém vinha jantar lá a casa e dizia em modo de elogio - que bonito móvel! - a resposta era sempre - queres antes dizer que bela obra de arte. Hoje ela resume-se a fazer playback de grandes músicas e grandes sons da actualidade. Note-se que fui aldrabão agora. Ela faz playback de músicas foleiras e meio paneleiras como Dragostea Din Tei dos O-Zone, porque parou no tempo. Ou esse sou? Não interessa, continuando...
Terceiro, é uma mulher forte. A sério. Ela tem quase a minha altura e eu tenho medo dela. Consegue-me pegar ao colo. Houve uma vez que ela deu-me porrada. Mas depois arrependeu-se porque eu fiz uma falsa birra e chamei os meus pais. Vingança! - pausa para risada maléfica. Ou então não se arrependeu nada porque a resposta dos meus pais foi: primeiro, levaste tareia de uma miúda, segundo, levanta-te do chão porque não tens idade para birras. Merde, pensei eu. Estalo, levei eu, porque a minha irmã tem o talento de ler os pensamentos.
Esse é o quarto ponto - ler as mentes. Ela diz que lê. Se é verdade ou mentira não sei. Mas não vou contrariar.
Quinto, faz musculação e pratica karaté.
Sexto, é linda de morrer.
Sétimo, o possível leitor provavelmente já está a desconfiar que estou a ser demasiado simpático para quem no inicio do texto estava a "avacalhar" com a sua irmã. Bom, é fácil de explicar esta mudança de racíocinio, é que ela entretanto apareceu e desde então que me está apontar uma pistola enquanto come montes de bolachas e não partilha nenhuma comigo. Sacana invejosa. Retiro o que disse, ela atirou-me as migalhas à cara e foi se embora. Que miúda fofa.

Duarte Henriques

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mistérios do ISCSP

Estava eu sentado na esplanada do ISCSP, correção, estava eu na aula de Pesquisa de Marketing, porque sou deveras aplicado, quando reparei numa fila de crianças que passou pelo corredor. Fiquei curioso e intrigado. Foi tão estranho como ver uma fila de adultos a passear por um jardim-de-infância de mãos dadas, como se ali passassem os seus tempos livres, embora se tal acontecesse, deveriam ser julgados pedófilos, mas as crianças não podem ser consideradas pedófilas pois não? Não.
Talvez seja eu que tenha a mania da perseguição mas cheirou-me a conspiração, por isso dediquei-me à investigação. Vesti-me porque estava frio e pus-me de fato e gravata, gabardine e chapéu na tola, todo de preto, como se fosse para um funeral, com óculos escuros não da Ray Ban mas do Rei Bane, que comprei na feira a um professor Mamadu, e cigarrinho na boca só para dar ainda mais estilo e fui analisar a situação. 
A observação levou-me a pensar que fosse uma visita de estudo qualquer, mas cheguei rapidamente à conclusão que tal não era possível.
Embora o ISCSP seja um conhecido e aclamado centro de diversidade, um verdadeiro fórum político, um local de intenso debate de ideias e teorias, onde se encontram as mentes mais brilhantes da nossa nação, seria muito mais interessante para um bando de crianças ir ver uma pedra ou olhar para o céu do que ir visitar esta ilustre faculdade. 
Telefonei ao meu fiel companheiro, Saúl Ramon, porque já tinha mais de 30 anos de experiência na área de investigação e nas artes manhosas de detectives, que veio ter comigo e levantou uma questão que mudou o rumo da minha vida no ISCSP, “e se eles estiverem a estudar aqui na faculdade?”.
Saúl massajou o seu farfalhudo mustache, como ele dizia em estrangeiro para parecer muito mais sábio e culto, e eu acendi um novo cigarro. Fiquei chocado, de repente tudo pareceu fazer sentido. O meu queixo caiu figurativamente no chão. Mas foi porque sofri um golpe karaté de uma das crianças que eu estava a investigar.
Acordei no fosso em frente ao ISCSP, sem as minhas roupas de detective, mas com roupa de marca de caloiro e t-shirt de curso. Chovia a potes. Saúl estava ao meu lado, inconsciente, e com um fato do super-mário vestido. Sempre desconfiei que ele nas horas vagas fosse canalizador. Aquele bigode não engana ninguém. Ouvi gritos que vinham lá de cima, do parque de estacionamento mesmo em frente ao edifício, e subi a escadas, escadas essas que iam dar ao fosso por razão nenhuma.
Era semana de praxe. Trajados davam ordens e os caloiros obedeciam.
Até aqui, tudo normal, à excepção de dois detalhes, a semana de praxe não é em Abril, e os trajados eram crianças, as crianças que eu tinha investigado antes de ter levado um golpe que me pôs KO. As crianças tinham invadido o ISCSP!
- Ó CALOIRO, PORQUE É QUE NÃO ESTÁ AQUI COM OS OUTROS? - gritou uma das crianças trajadas.
Não vos sei explicar porquê, mas só sei que bloqueei e na altura, temi aquelas crianças...amanhã pelos vistos, vai ser o meu batismo outra vez.

continua mais tarde...

Duarte Henriques

domingo, 25 de novembro de 2012

Acho que se me rebentaram as águas.

Estava eu a passear o meu cão quando este se levantou e começou a andar em duas patas e a falar da importância de contraplacados na estabilidade da acústica das salas de aula. Aí percebi que a Humanidade é alvo da perversidade de seres superiores. E acho que vocês vão acabar por concordar comigo.
Quantas vezes não vos disseram já depois de gozar com alguém com uma doença terminal, ou com um preto perneta (AHAH!) ou quando cometemos algum crime contra a Humanidade tipo matar Judeus em massa ou assim, de forma muito terna: "Não faças isso que Deus está a ver!"
HÃ!? Deus está a ver? Desculpem mas acho que é publicidade enganosa. É impossível Deus vigiar biliões de pessoas e decidir se estas vão para o inferno ou para o Céu. Ou tem milhões de olhos; ou o olho detrás dele também vê; ou, hipótese que eu defendo, Deus tem câmaras secretas em todo o lado para ver o que nós fazemos.
Quando me dizem essa porcaria do Deus está a Ver! penso logo numa cena mesmo à filme, mas que vale a pena ser imaginada! Imagino logo Deus numa sala escura diante de biliões de ecrãs a contar num dossier gigante todas as faltas que cometemos e, por conseguinte, os pontos a favor de ir para o Inferno. Imaginem Deus um homem muito creepy com umas cavas brancas vestidas com nódoas de café e de sangue; a barba gigante mantém-se, mas podemos observar uma cicatriz na testa que claramente tem a forma de uma lâmina de uma faca de mato! Depois há uma grelha, com várias colunas, onde se apontam o número de vezes que  se fez determinada falta. Tipo colunas com o título: 
- Homicídio;
- Disse o meu nome em vão;
- Pinou sem preservativo (não marcar se for com crianças);
- Pinou;
- Robou;
- Okay, já perceberam a ideia.

São tudo coisas nas quais vale a pena pensar. Enquanto há padres a enrabar criancinhas, acham que o cabecilha da rede é bom do miolo? É o mesmo do que pôr um pinguim a dançar o tango em saltos altos ao som do "Chupa Naquilo!" dos Minhotos Marotos.

P.G.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

como fazer um bolo de chocolate em bicos de pés.

ingredientes:
125 g chocolate em pó
2 ch. chá farinha com fermento
2 ch. chá açúcar
5 ovos
ch. chá óleo
manteiga amolecida
q.b. manteiga para untar
q.b. farinha para polvilhar
q.b. açúcar em pó para polvilhar
1 c. sopa água


preparação:
1. Unte com manteiga uma forma e polvilhe-a com farinha. Peneire a farinha com o chocolate em pó num recipiente à parte.
2. Numa tigela, bata muito bem o açúcar com os ovos inteiros até obter um creme fofo e volumoso; junte-lhe primeiro a mistura de farinha e chocolate, mexendo cuidadosamente, depois o óleo e, por fim, a água fervida, continuando sempre a mexer bem.

3. Deite a massa na forma e leve a cozer, cerca de 50 minutos, em forno a 180 graus. Quando o bolo estiver cozido, retire-o e deixe-o arrefecer.

4. Depois, desenforme o bolo sobre um prato de serviço, polvilhe-o com açúcar em pó e decore-o a gosto, por exemplo com bombons de chocolate.


Okay, é isto, mas em bicos de pés.


P.G

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Oi gata.

Estou em aula... de novo! Está aqui um dos antigos colegas de casa de Platão a falar de experiências da sua vida e decidi vir aqui a dar-vos um Olá!
Olá! Pronto, já está. Agora vou-vos contar as muitas peripécias que já teve o meu dia.
Acordei cedo, mas o despertador não me deixou levantar. Eu gosto sempre de me levantar cedo e fazer vida de velho: acordar as 6, lavar só a cara, vestir-me, derrubar dois bagaços no café da esquina, ir ao pão, tomar o pequeno almoço e vir à minha vida. Hoje não foi assim, fiquei deitado de papo para o ar a olhar para dentro de mim. É uma maneira querida de induzir os demais na ideia de que caguei para a pontualidade e decidi dormir mais 10 minutos. Dormi mais uma hora e saí.
Cheguei ao metro e vi que me acabou o passe: P*%A QUE PARIU ESTA Mº%$DA! Saído de casa com as ramelas nos olhos e de repente largar logo 35 euros de passe? Ninguém merece... Mas também não é por aí. Carreguei o passe com 5 euros e segui o meu caminho.
Quando vou para apanhar o autocarro, vejo que já estou atrasado demais e que talvez fosse melhor apanhar um táxi. Dentro do táxi, reparo que:
- O taxista é mudo;
- O taxímetro é aldrabão;
- O Mundo é muito melhor sem semáforos!

Porquê o ódio aos semáforos? Porque esses dispositivos de regulamentação do trânsito têm duas funções: a primeira já enunciada e a segunda dar dinheiro aos taxistas. Eu acho que o sindicato dos semáforos está feito com o sindicato dos taxistas para facilitarem o trabalho uns aos outros: os taxistas ganham  50 centimos por viagem só em semáforos e os segundos, por sua vez, fazem minutos extraordinários. Em contrapartida, os taxistas deviam pagar aos semáforos o tempo que lá estavam parados. Logo viam se era assim tão fixe lixar o cliente.

Cheguei à escola e paguei 5 euros. Nada mau, podia ser pior. Agora estou a assistir a uma palestra sobre literatura pimba que no fundo é uma conversa entre duas pessoas, não de meia idade, mas de idade e meia.

Quando estiver fora daqui digo que é mentira!

( Neste post, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência)

P.G.

domingo, 18 de novembro de 2012

Welcome back depression

Estava a brincar, está tudo bem.
E o Pinela vai ser pai.

Duarte Henriques

O homem que era descendente de africanos

Era, já não é. Mentira, ainda é.

Um dos sinónimos de fim de semana, esperem, o Geadas já falou sobre isto.

Trabalhar comigo tanto consegue ser extremamente interessante e divertido como que stressante e irritante. Ou seja, de certa forma, é como ter um filho. Num segundo estão a adorar, no outro, querem afogar-me na sanita. Mas isso deve-se à minha bipolaridade e esquizofrenia. Combinadas, tornam a minha cabeça um parque de atracções, cuja visita só pode durar seis minutos e cinquenta e quatro segundos, porque se não os visitantes podem correr o risco de herdar os meus problemas mentais.

O projecto A Rita Pereira Não Gosta de Mim é meu e do Geadas. A ideia de desenvolvermos isto, saiu da cabeça daquela beldade alentejana. E para quem não sabe, somos um pouco como o Timon e o Pumba. Portanto, a situação foi mais ou menos assim:
Geadas - Puto, 'bora fazer um talk show.
Duarte - Meu, isso é ridículo. Espera, tive uma ideia, 'bora fazer um tak xô!
Geadas - Puto, isso é genial!
E está feito. E sim, eu não consigo pronunciar t-a-l-k s-h-o-w. O que não faz mal, porque tak xô parece chinês e assim pareço poliglota.
Pronto, e embora pertença aos dois - aliás, sem nós os dois o programa não faria sentido nem andaria para a frente - temos partes muito distintas no projecto. O trabalho do Geadas é ser o principal escritor dos argumentos, o meu é avacalhar o seu trabalho e reclama-lo como meu. Mentira. O meu é supervisionar o projecto. E voilá, isso faz de mim, o patrão. O que para o Geadas, ou junior, como lhe chamo, é extremamente complicado. Porque tem que lidar com a minha bipolaridade. Num momento todas as ideias são bem vindas porque o talk show é dos dois, noutro momento não porque parti o nariz. É tipo lidar com uma diva. É isso, sou uma diva. Mas como sou aluno de Ciências de Comunicação, não faz mal. Agora é a parte em que digo que me fizeram facejacking? Ou sigo caminho cagando para todos?
No entanto, não considero a minha bipolaridade algo mau ou desagradável. Considero até algo fascinante. Porque nunca sei o que hei de esperar de mim. E vocês devem ter cuidado comigo. Em vez de vos cumprimentar posso vos dar um soco, roubar-vos a carteira e dançar o tango com um mendigo. Em vez de declarar-me a uma caloira posso vende-la no chinês. É perigoso. Pensem nisso.

Mas pronto, é difícil trabalhar comigo e é essa a mensagem que quero mandar a todos.

Duarte Garagem Henriques


sábado, 17 de novembro de 2012

fim.de.semana

Um dos sinónimos de fim-de-semana é ficar deitado a coçar a genitália a ver os filmes da TVI que já passaram na TV milhares de vezes. Eu sou contra à repetição dos mesmos filmes por parte das cadeias televisivas, mas também sou contra às tardes de tortura e bimbalhice que às vezes nos fazem aturar. Eu prefiro 50 milhões de vezes ao quadrado ver o primeiro Die Hard do que ouvir o Chupa Nisto dos Minhotos Marotos na Festa do Caracol na Vila de Charolas de Cima. Acho que estamos de acordo.
Hoje vi um miúdo no programa da Marisa Cruz que, devido a problemas técnicos, falou para o microfone de lapela situado num sítio causador de regozijo para o interlocutor em questão... Pois bem, a criança falou para as mamas da apresentadora. Entrevistámos a mãe do garoto e ela confirma que os lenços de papel lá em casa deram uma baixa considerável. "É uma doidice, o meu marido inclusive se quer tornar accionista maioritário da Scottex. Também já pensou em tornar-se delegado de ação médica, porque esses gajos têm tudo. E de borla."
Eu adoro delegados de ação médica. Porquê? Porque as delegadas costumam ter uns atributos físicos capazes de fazer o Eduardo Beauté mudar de ideias e porque normalmente, caso sejamos filhos de profissionais de saúde, temos parte do nosso material escolar de borla. Eles oferecem bloquinhos, canetinhas, lenços de papel, bolas disto, brinquedos daquilo... um Paraíso autêntico para quem é puto. Têm é um problema. São consideravelmente chatos, mas isso todos somos, cada um ao seu estilo.
Por falar em estilo, o Nas Ruas com Hernâni Carvalho, transmitido na SIC na noite de hoje, relatou-nos o dia-a-dia de duas decoradoras - uma do Porto e outra de Lisboa - para comparar as despesas de uma e de outra. Passado um dia em esfoliações disto e daquilo, consultas no Homem do Silicone (é um nome sugestivo para um dildo) e jantares em hotéis, percebi que em dois segundos de filmagem, se contabilizássemos no rosto de cada uma das gajas a quantidade de base e/ ou de plástico, obtinhamos sensivelmente 34 preservativos, dois vibradores e um patinho de borracha. Contas e conversões difíceis de fazer quando, na estação concorrente há um miúdo a falar com um par de mamas daquele calibre. Já dizia a minha avó que os melhores tempos são os de criança.

P.G.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Gabão.

Como sabem, a Seleção Nacional empatou a duas bolas com a Seleção Nacional do Gabão. Estive a ver o resumo do jogo e, após refletir, anotei uma série de insólitos sobre o povo gabonês que convém destacar.
Para além do jogo deprimente, adorei a versão filarmónica do nosso hino nacional. Primeiro facto irónico: pretos a tocar instrumentos feitos de um metal mais sofisticado que o barro. Oh Pedro, mas o Barro não é metal!!! Pois não. Não estraguem a piada.  Segundo fato irónico: se eles não sabem letras querem, que eles leiam partituras? Aquilo que ouvi não foi a Portuguesa. Foi a "Portuguesa  à Gabonesa".
Em segundo lugar, Portugal foi um pouco mau em querer nivelar as coisas: só estavámos a jogar com pretos. Era tipo Seleção da Brandoa com a Seleção da Pontinha. Não sei como é que o Ruben Micael e o Moutinho não se foram embora com medo de serem assaltados!
Terceiro: nome do país. Gabão. De acordo com o dicionário gabão é aquele "indivíduo que tem o hábito de se gabar". Será que estes pretos têm a mania de espertos?! Do género:
- Eh Djamal, tu anda descarso rapá. Eu tenho uns téni Nike.
Ou então:
-" Eh Suvimba, tu mãe tem piolho, mas a minha tem muito. Mas só que metade dele chamam chato!"
Epá, se calhar esta última já não... Mas continuando...
Como é que puseram o nome ao país? Será que veio cá um preto armado em carapau de corrida e dois amigos assistiram a um episódio com o dito cujo e perguntaram:
- Oh Zé, de onde é que me saiu este gajo?
- Sei lá Manel, de onde ele vem todos devem ter a mania. Mas o país ainda não tem nome. Mas o preto é Gabão.
Depois de vários ajustes aos tempos e com a evolução do nome para Terras de Gabão, Vale Gabão e Monte Gabão, este pequeno país africano ficou depois conhecido como Gabão. Se fosse uma vila transmontana chamar-se-ia Vila de Peneiras.

Com mania ou não, arrancaram dois penáltis. O prémio de jogo por levar menos de 7 era um leitão (espécie rara no seu país). Não encheram a barriga no jogo, mas depois claro!

Os portugueses comeram melão.

Bandeiras na Janela.

Ontem houve greve geral. Um acontecimento que merece o devido destaque, não pelo caos que se verificou, mas por ter constituído um pretexto perfeito para ficar deitado o dia todo. Uma greve à portuguesa: protesto pelos meus direitos, mas não os vou reivindicar ao local de trabalho. Fico em casa que é mais giro.
Para além do mais agora instalou-se a moda da porrada em dias de greve. Eu sei que às vezes sabe bem mandar um murro na mesa e dizer: F*%a-se! Isto não pode continuar assim." Outra coisa completamente diferente é aquilo a que eu assisto quando ligo a TV. O que se viu ontem em Lisboa, a par de um atentado ao bom-senso, é uma fusão de luta de cães de rua com o Cirque du Soleil. Os polícias coitados já têm medo de sair à rua.
Daqui a pouco a figura do polícia, fruto da rebelião pública, tem de ser alterada para uma figura dócil que aconselha os rebeldes. Uma espécie de psiquiatra privado que diz às pessoas:
- Senhor Alfredo, cuidado, não faça isso. O Governo não tem culpa da situação que se vive... Está a ouvir?! Não parta a boca a esse poli..."

Eu acho que o povo português se está a tornar um pouco numa legião de mortos vivos, só que em vez de se saciarem com carne humana, partem tudo por onde passam. "Epá, estamos pobres! Vamo-nos manifestar!" , no meio disso deve haver algum cabrão que diz: "Isso é estúpido.. eles nunca nos vão ouvir! Mas se incendiarmos tudo e matarmos um polícia ou dois se calhar é mais giro!"
É uma sugestão para uma série. Fox, se estiveres a ver isto, por favor considera fazer uma série tipo Walking Dead, onde os mortos-vivos estão em crise profunda. E se meteres ainda um discurso da Merkel lá pelo meio, eles ainda mastigam mais depressa. O título é que não sei. Não consigo fazer um trocadilho tão absurdo o suficiente para ilustrar o que se passou ontem.

Bem vindos a Portugal!

Faz um certo sentido

Boa tarde e vão-se foder - tenho-o dito. Vão-se foder porque me apetece. Que razão seria melhor para vos mandar ir foder? Não há dúvida que o dedo do meio é maior que o anelar e que este, por sua vez, é maior que o mindinho, mas isto não implica que o gato não possa ir ao cu ao cão. Então pronto, aqui vêm e têm a fundamentação da minha proposta do primeiro parágrafo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Nota breve.

Hoje estou mole. Não pela escassez de atividade sexual mas porque acordei um pouco mole. Naqueles dias em que não nos apetece fazer nada! E nisto comecei a refletir sobre o sexo entre pessoas de idade avançada, ou seja, velhos! Imaginar dois idosos a fazer o amor é algo simplesmente estranho. Porquê? Porque provavelmente o clitóris do idoso fêmea é mais comprido do que o pénis do macho.
Uma vez dei-me ao trabalho de imaginar uma cena de sexo entre idosos e cheguei à conclusão de que se pode tornar tão deprimente quanto uma Gala da Casa dos Segredos e tão secante quanto um intervalo da TVI.
Deprimente porque chega-se a uma certa idade em que das duas uma: não sabes se já fizeste e a confirmar-se isso, não sabes se correu bem. Secante porque durante um 69 há um certo risco de, por falta de elasticidade, ficarem a dormir numa conchinha um pouco estranha. 
Uma vez interroguei o meu avô sobre a sua vida sexual e ele disse-me sabiamente: "Filho, se tu soubesses aquilo que eu fazia com a tua idade..." Depois virou a sua atenção para o seu pénis e começou a conversar com ele como se de um ser humano se tratasse. "Lembras-te daquela preta que comemos em África? Porra, belos tempos! E aquela gaja nas Caraíbas? Aquilo é que eram mamas..." Após estas reflexões íntimas com o seu apêndice, soltou um peido acidental e disse: "Tu cala-te que tens um passado degradante!"
Depois falei com a minha avó e ela disse-me: "Ah filho, sabes como é que é o sexo na nossa idade?"
Nisto eu respondi, "como Avó?" E de forma muito singela ela diz-me: Eu grito ao teu avó Vai-te f**er! e ele responde Chupa-me a piça!" 
A minha avó tinha parkinson. Era a minha avó preferida e só ela é que punha a fazer xixi.

Dissertação sobre o prepúcio

Prepúcio, m. Pele que cobre a glande do pénis. (Lat. praeputium). Ora, posto isto, devo perguntar-lhe: o que é que sabe sobre o prepúcio que não tenha sido dito já de antemão? Tem prepúcio? Sabe para que é que serve o prepúcio? Gosta do prepúcio? Enfim, poderia perder-me em indagações divagantes ao leitor sobre esta bonita parte de nós que, quando murcho, é a ponta do caralho! Mas falemos sobre estética e utilidade, senhoras e senhores. Sim, deixem-me que introduza uma última questão sobre o tópico em causa: quão bonito é o prepúcio? ou, será que este constituinte do órgão genital masculino desperta os seus sentidos de especial forma, sem que você mesmo o saiba? Procurarei responder-lhe tão bem quanto possa. A pesquisa foi extensa, árdua, mas, caro leitor, rendeu-lhe a mais completa dissertação atingível pelo humilde escritor. E começo por esclarecer o que é mais evidente: o prepúcio não é bonito e o prepúcio não serve para rigorosamente nada. No entanto, esta pelezinha que rodeia a glande empata e a arte de empatar não é para quem quer, entenda-se. Vamos aos lavabos, por exemplo: quem é o energúmeno que nos vai vedar o trajeto da urina, quem é? És tu? É ele? Não, é o prepúcio. É ele que se sacrifica, de entre todas as partes do corpo, para nos fazer a vida negra no que toca em acertar nas serenas águas do fundo da sanita ou na límpida porcelana do urinol e, talvez, até para nos causar uma maçadora infeção urinária derivada ao acumular de javardice em redor de si mesmo. Pois! Não subestimem o prepúcio, ele tem mais poder do que possam imaginar! Aliás, ele não se fica pelo óbvio talento em empatar, ele vai mais longe, ele exige de nós, o prepúcio é carente e faz-nos, cada vez que mijamos, afagá-lo envergonhadamente com uma folha dupla de papel higiénico dobrada ao meio de maneira a evitar a tal infeção, – e assim acrescento mais uma caraterística ao dito cujo – chantagista. P.P.

Pinela

“A nossa banda… PINELA!” é , porventura, a frase mais icónica deste programa, depois do título do mesmo. Durante o espectáculo é Pinela para aqui, Pinela para ali, faz isto pinela, leva com isto, deita-te ali, faz de parvo Pinela. Ah, esta última não temos de pedir.
Hoje é um dia especial para o Pinela. É o seu aniverssário. Podia ser o dia/semana, em que o tratávamos bem, que o deixávamos ter protagonismo, ter tempo de se expressar. Deviamos? Talvez mas não penso que isso era acontecer. Ao invés, vai ser ainda mais pisado, enchuvalhado e tudo mais a que tem direito. Porquê? Porque iriam os nosso produtores e apresentadores ser assim para ele? Simples, por ele é o Pinela e tem boxers do sporting. E porque faz anos. E porque eles querem. E porque é o Pinela.
Sexo, droga, gajas boas e afins são o prato do dia da mento do Pinela. Todos partilhamos um pouco disto. Mas o Pinela exprime-o e quer colhar macacos na parede:
                - “Não faças isso Pinela” pedimos;
                - “ Deixa lá Mô!”
E eles não deixam. Fazes o que eles querem. Porque eles mandam.
Parabéns Pinela. Parabéns Mô!

RM

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Estrábicos.

Imaginem um Universo paralelo em que toda a gente é estrábica. E vocês pensam e dizem: porra Pedro, só te ris com o mal dos outros... um dia vais ter filhos! E eu vou responder com toda a franqueza, se sairem estrábicos, vou guardar todas as piadas que tiver recalcadas para lhas poder dizer quando ele tiver idade para entender o quão mau é o pai. Mas adiante.
Nesse Universo eu imagino o quão confuso deve ser viver. Um Universo onde todos são vesgos é simplesmente horrível. Se eu quando vejo alguém estrábico me contenho ao máximo para não me rir, neste Universo teria de me calar porque chegava à conclusão: Eh, espera! Também sou isto!
Eu uma vez tive um professor estrábico. Ninguém podia cabular com ele porque ninguém conseguia adivinhar para onde o gajo estava a olhar. Uma vez mandou-me para a rua e sairam 5. Eu levei porrada quando cheguei a casa, mas ri-me para caraças!
Para quem não sabe há vários tipos de estrábicos:
- O estrabismo tipo-peixe: aqueles que têm os olhos situados quase na parte lateral da cabeça. Estamos a olhar para eles de perfil e conseguimos ver a iris na nossa direção;
- O estrabismo convergente: aqueles gajos que parecem estar a toda a hora a focar um ponto negro situado na ponta do nariz;
- O estrabismo confuso: o estrabismo caracterizado por um ligeiro desvio dos olhos do indivíduo que nos leva a pensar Será que está a falar comigo? Até olhamos para trás para confirmar se há mais alguém! Não é?
Eu já tive um episódio com uma estrábica. Eu tinha medo que ela falhasse a minha boca quando nos beijássemos e colocava-me sempre em frente do olhos dela. Difícil era decidir qual. O amor é mesmo lindo!

P.G.

Chineses.

Assustam-me. Acho que não só a mim mas a toda a gente. Porquê? Explico já:
São todos iguais. Na China estão sempre a acontecer aqueles episódios entre duas pessoas em que uma se vira para a outra e diz: "Fazes-me lembrar alguém". O único problema é descobrir quem é esse alguém;
Parece que estão sempre zangados a falar. Um casal chinês a dizer que se ama deve parecer um discurso do Khadhafi (que Deus o tenha!);
São aldrabões, porque as coisas que vendem nunca funcionam. Também são mais baratas. Mas a quantidade de produtos avariados que compramos acaba por superar o preço de um produto de qualidade. Aí é o tuga que é burro!
São feios e cheiram a velho. É uma mistura de colónia e argálias sujas. Mas em contrapartida são fofos em bebés.
O povo chinês residente em Portugal provoca em mim um misto de sensações. Não sei defini-las, mas às vezes só sei que fazia falta um chinês a governar Portugal. As mamas acabavam-se todas! E vocês público masculino pensam: epá mas assim deixávamos de ter a componente palpável do sexo que ao fim ao cabo é a parte mais divertida! Eu respondo: acabar com as mamas não é cortar os seios às mulheres portuguesas, porque concordo que aí o homem perdia um pouco o sentido da sua existência. A mama que eu quer cortar é o roubo e a corrupção em que vivemos mergulhados.
Falando de mulheres chinesas, há certos mitos que eu um dia gostava de desvendar:
- será que elas de facto têm a vagina deitada?
- será que os seus pêlos púbicos se encontram espetados?
- porque é que será que as chinesas têm dois buracos nas cuecas?
- será que se eu casar com uma chinesa o meu filho proveniente dessa união morre mais cedo? Será o mesmo que traçar um caniche com um bulldog?
- se um preto e uma chinesa a procriarem, qual será o resultado?
Não que gostasse de provar a carne chinesa, porque eles comem cães, mas só por uma questão de tirar as dúvidas. Para concluir, sugiro que reflictam sobre a indústria porno chinesa, porque é aí que está indentidade do seu povo: gemidos incoerentes, pintelhos espetados e mentalidade trabalhadora!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Merkel e o povinho.

Estou em aula mas resolvi mandar um beijinho ao pessoal da blogosfera. Ou então apeteceu-me desbobinar mais um conjunto de estupidezes e cenas sem sentido para este poço de conhecimento que é o nosso blog.
Estamos a fazer apresentações orais. Não, ninguém está de joelhos leitor perverso! Se bem que por vezes apetece reeditar uma cena à Taveira com algumas colegas. Bem, passando à frente...
Hoje de manhã ia no metro e ia completamente à pinha. Ia entre o cu de uma velha e as trombas de um preto. Para dar um peido tive quase que fazer o pino. Revoltei-me bué e ao sair do comboio rebentei uma bomba. Houve meia dúzia de mortos e alguns feridos, nada de grave. O Zé Rodrigues dos Santos mais tarde vos informará. Mas o cerne da publicação é isto:

Angela Merkel, uma versão transsexual de Adolf Hitler, chegou ontem a Portugal para uma visita oficial de  cinco horas. Diz-se que se ia reunir com Cavaco Silva para discutir a questão dos pensionistas e há relatos de Gertrudes Mendes (empregada de Cavaco) que afirma ter visto a chanceler alemã a dar um trocadinho ao Presidente da República.

À parte: Reparem que há certos nomes que são indicados para mulheres a dias, como Lurdes, Gertrudes e uma panóplia de outros insólitos que começam no Josefina e terminam no Efigénia. A de um amigo meu chamava-se Luz Divina. Não a pila, mas a empregada.

Voltando ao assunto Merkel: Acho importante que ela cá venha mamar mais do tacho que é a política, mas sinceramente, pelo que tenho lido, poucas foram as vantagens desta visita. Vir cá mostrar boa cara não dar coisas de graça, como o português gosta, é inaceitável.
 A mim só me lixou o dia, porque o carregador do PC deixou de funcionar e queria ir aos chineses a Belém para comprar um para desenrascar. Por causa dela OS ACESSOS A BELÉM FORAM CORTADOS E TIVE DE IR AOS INDIANOS DE ALGÉS... DUAS VEZES... PORQUE O CARREGADOR NÃO FUNCIONAVA. VOLTEI LÁ DE TARDE E TROQUEI-O. JÁ NÃO FUNCIONA. AMANHÃ VOU TER DE LÁ IR DE NOVO. OBRIGADO ALEMANHA POR ME ARRUINARES A VIDA!

E vocês dizem: mas como se o carregador já estava estragado?
Eu respondo: se ela estivesse quieta no seu canto, eu ia mas é aos chineses de Belém e escusava de esbarrar onde Judas perdeu as botas. É por estas e por outras que odeio política.

The Return of Titanic

(este texto é renascido das cinzas)

Nesta era de remakes e continuações de clássicos, enquanto vagueava pelo lado obscuro do youtube e via o um trailer falso do Titanic 2, mas muito bem editado, tive uma realização: e se fizessem mesmo o Titanic 2? Melhor, e se fizessem a sequela do Titanic em série?
Apresento-vos a primeira temporada, que bem que podia ser realizada, para destruir um já clássico, receber péssimas críticas, mas no entanto, fazer um enorme sucesso entre as audiências e rendesse montes de papel. E o título que me ocorreu é absolutamente genial, e acho que, é extremamente digno do que seria, a melhor série de sempre, ou talvez não:


The Return of Titanic

1ª Temporada - 10 episódios

A velhota Rose (Glória Stuart no filme, Maggie Smith na série) tinha acabado de lançar o diamante azul para o meio do oceano, só por diversão, para ver se de facto ia ao fundo, ou boiava. Mas nem se deu ao trabalho de disfarçar, quer dizer, deu-se ao trabalho, soltou uma espécie de "ups, foi sem querer", mas muito mal feito.
Mal sonhava Rose que aquele arremeço propositado e mal disfarçado iria desencadear uma série de eventos completamente inesperados.
Primeiro, o capitão do navio, o Sr. Chico, espanhol da Argentina, que por acaso passava lá perto e tinha assistido ao arremeço do diamante, atirou-se borda fora, para apanhar o dito cujo.
Hora da morte: não sei, mas era noite escura.
Causa: ganância.
Iniciaram-se rapidamente as buscas pelo corpo do capitão, porque o navio continuava a navegar e ele era o único que sabia conduzir (por alguma razão, o resto dos oficiais e marinheiros desapareceram misteriosamente do navio) e era também quem tinha as chaves. E nem havia forma de sair do navio, porque não havia botes salva-vidas. A situação era grave. Não havia condutor, capitão, chaves nem diamante. E o navio seguia, e em direcção a uma zona repleta de Icebergs.
As buscas prosseguiram para as profundezas do oceano, mais concretamente, para perto do velho Titanic. E ai fizeram uma descoberta incrível: a de várias pessoas congeladas, totalmente conservadas em gelo, incluindo Jack Dawson (Leonardo diCaprio). Mas como era mais provável eles estarem todos mortos, ignoraram-os. Ficaram surpreendidos, mas seguiram em frente. Só que a velhota Rose passou por lá, viu-os e disse: - oh meu deus, é o Jack!
Como a equipa que estava a procura do corpo do capitão tinha ouvido a história do amor proibido entre Jack e Rose (no filme do Titanic) ficaram cheios de curiosidade e agarraram no corpo congelado da paixão perdida de Rose e trouxeram-no para a superfície, desprezando completamente os outros corpos. E como não era de esperar e é uma simples coincidência, havia um membro da equipa que era cientista e louco que fazia experiências avançadas e extravagantes. Era o Doc Emmett Brown (do filme Regresso ao Futuro, Christopher Lloyd), que disse logo que podia derreter o gelo à volta de Jack de forma a trazê-lo de volta à vida, sem envelhecer e sem consequências para a sua saúde.
Como queriam todos conhecer o Jack, concordaram e deixaram o Doc avançar. E claro, resultou.
O Jack está de volta. O que é espetacular. Há um episódio lamechas dedicado única e exclusivamente a Jack, onde o poem a par de tudo o que aconteceu de relevante no mundo durante os últimos 100 anos e re-apresentam-no a Rose, velhinha, com filhos e netos, coisa que Jack (no filme do Titanic) já havia previsto, porque era vidente. Ficaram todos felizes, mataram saudades, mas aperceberam-se de uma coisa, não havia conductor de barco, nem capitão, nem chaves para parar o navio, nem botes salva-vidas, nem sistema de comunicação e estavam na direcção de um iceberg gigante.
Período de tensão. São os dois últimos episódios. Parece que vão todos morrer só que a velha Rose, que não se lembra de coisas que aconteceram há 5 minutos mas lembra-se da história completa de amor entre ela e o Jack, incluindo diálogos e roupas vestidas, lembra-se que Jack aprendeu tudo em Paris, a pintar mulheres nuas, e que ele era a única salvação do navio.
Muita pressão e tensão. Jack na realidade nunca tinha conduzido um navio, mas também não queria desiludir a velha Rose.
Vinte minutos do último episódio são preenchidos por flashbacks, momentos de desespero e tentativas de suicídio. Jack decide arriscar como se jogasse poker e arrisca bem, conseguindo desviar a embarcação do gigante iceberg.
Festejaram mas foi cedo de mais, porque estavam na direcção de outros quinhentos icerbegs. Outra vez gritos, choro e desespero até que, felizmente, a gasolina acaba.

(a série foi renovada para mais uma temporada)

Nota:
- Glória Stuart morreu com 100 anos a 26 de Setembro de 2010

- Existe mesmo um filme chamado "Titanic 2", mas não é uma sequela do filme de James Cameron

Nos nossos bastidores

Silêncio, que se vai cantar "o Anafado".
Okay, é mentira, mas se estiverem interessados, vejam aqui:
 
Achei interessante relatar-vos aventuras e desaventuras da vida dos bastidores deste pseudo-programa bastante amador que é a Rita Pereira Não Gosta de Mim.
 
Tudo começou, com o Zé.
Sim, eu também fiquei como vocês ficaram agora: "COM O ZÉ??"
Exacto, começou com o Zé. 
O Zé era um colega meu. Era. Infelizmente faleceu. Com uma trombosa nos cornos que se lixou, depois de ter fumado uma ganza. É bem feito. Porquê bem feito? Porque ele era tarado. Passava a vida a cuscar as actualizações de relações no facebook. Havia alguém solteiro? O Zé sabia. Havia alguém que começava uma relação mas afinal era a fingir e era só para confundir as pessoas. O Zé sabia. Podemos dizer que o Zé sabia tudo. E que era tarado.
De qualquer das formas, nunca gostei dele. Sacana do Zé. Tarado. Agora que temos que agradecer ao Zé, temos. Mas não o vou fazer. Nunca gostei dele, e agora está morto, portanto não ia servir de nada.
 
Se calhar deviamos dar dinheiro à familia do Zé. Mas o Zé era adoptado. E era preto.
 
 
Duarte Henriques, aqui, para vós, de casa do falecido Zé.
PS: Nunca se metam com um escritor. Ou com um pseudo. Eles podem-vos matar na folha do papel.
Fuck yeah motherfucker

domingo, 11 de novembro de 2012

Ramadão.

Aconteceu uma coisa que eu não esperava. Uma vitória do Sporting!!! Avisamos desde já que no dia de jogos do Sporting o blog A Rita Pereira Não Gosta de Mim, vai deixar de publicar rábulas que visem achincalhar os Sportinguistas. Obrigado pela chapada de luva branca Vercauteren!
Pressinto uma noite agitada: Angela Merkel em Portugal, Vitória do Sporting sobre o Braga! (TOMEM LÁ COMENTADORES DESPORTIVOS QUE SE REFEREM AO BRAGA COMO 3º GRANDE!!! O SPORTING É GRANDE!)
Depois do meu alter-ego sportinguista se manifestar entre parênteses, vou voltar ao assunto... Onde estava eu? Ah, vitória do Sporting. Trata-se de um acontecimento equiparável à organização de uns Jogos Olímpicos! É a festa do Desporto. Mas hoje pressinto que o povo sportinguista vai sair à rua. Tal como o povo português vai sair à rua para partir a boca à chanceler alemã. Se calhar juntava-se o pessoal da festa e o pessoal da Manif e faziam uma churrascadazita à portuguesa. Sempre confrontavam os sentimentos de júbilo e revolta de um lado e de outro. Problema? Os sportinguistas chegariam de novo à conclusão de que a Liga Orangina pode ser uma realidade. Há uma vantagem: Bilhetes mais baratos.
Se calhar era melhor irem bater na Merkel gente do Sporting.

P.G.

O que é que eu quero?

Quero ter tantos textos
publicados
como o Geadas...

Duarte Henriques

Ser patrão

Ser patrão e manda-chuva deste projecto tem as suas vantagens e desvantagens. a principal vantagem é que posso escrever com erros ortográficos e dizer que é chique, que quem mandar vir é posto na rua. que se lixem as maiusculas os acentos a pontuaçao e essas cenas que para comuns mortais dao jeito mas que para mim nao significam nada
alias posso nem sequer dar me ao trabalho de escrever neste blog e por so imagens para parecer mais chique culto e fofinho

que tal a de um bebe 









ou a de um cao mocado








Ou então posso esquecer tudo o que disse até agora e falar-vos de um dos membros da nossa equipa, Querido Maçãs. Claramente que só está connosco por causa do nome. Em inglês seria Darling Apples.
Posso falar-vos da vez em que ele decidiu vestir um sutiã para parecer uma mulher e para ir para o parque Eduardo Sétimo vender o corpo, mas já de preservativo posto porque preocupa-se mais com os clientes do que com Geadas, que prefere só usar ligas enquanto trabalha. 
Ou posso pedir-vos desculpas pelos pesadelos que vos criei. 

Duarte Henriques

Estive aqui a ver.

Estive aqui a ver e descobri que tenho um sinal mesmo no meio dos tomates. Depois pus-me a pensar: Como é que será que Deus definiu onde é que temos os sinais? É que se for ele a mandar nisso pode ser um cabrão. Ainda para aí desenha um pénis de sinais nas costas do meu filho e o raio do cachopo fica traumatizado pró resto da vida.
Eu pus esta questão, mas podia ter posto outras, como por exemplo: Como é que Deus decide quem é bonito e feio? Será que ele tem um programa no PC dele onde ele cruza as caras das pessoas? Há aí alguns sócios que devem ter sido feitos quando o PC bloqueou. Há esses e os do sistema operativo rudimentar. Coitados.
Mas Deus as vezes consegue ser mesmo sacana!
Off the record, no outro dia li o livro daquele puto que foi ao céu e diz que o Paraíso existe mesmo. A ler aquela obra de arte preciosa fiquei pasmado com o facto de que há pessoas com o mesmo grau de insanidade mental que a Alexandra Solnado. Das duas uma, ou o mercado das drogas se expandiu e o charro de hortelã-pimenta já chegou aos USA ou temos um puto esquizofrénico. Segundo as declarações da criança, no Céu: "todos somos jovens, não temos fome, não há sexo, nem há doenças."
Epá, a parte da Juventude é fixe. A da fome ainda entendo. Sem doença? Impecável! Quanto ao facto de não haver sexo, já não entendo. A vida eterna devia ser para confraternizar e conhecer novas pessoas. Eu vejo o Paraíso como um Festival do Sudoeste, só que depois de um gajo morrer e sem pagar nada. Há boa música: Freddy Mercury, Kurt Cobain, Whitney Houston, Amyy Whinehouse, Bob Marley... Erva? De certeza que há. É a única forma de haver tanto tema de conversa durante tantos anos. Portanto pedia que reformulassem isso do sexo, porque um Sudoeste sem sexo é a mesma coisa que entrar num Mc Donald's e pedir uma salada. Ou ir às meninas - putas! cof cof - e pedir um abraço. Just saying!

Bem, vou almoçar. Às 2 da manhã. Porque me apetece.

P.G.

sábado, 10 de novembro de 2012

Socorro!

Olá, o meu nome é André e estou retido contra a minha vontade. Consegui encontrar uma fraca ligação à Internet através do portátil que "eles" me deram e escrevo aqui este pedido de ajuda.
Estava num bar em Lisboa quando fui abordado por um estranho que me perguntou: "Gostas de imitações?". A partir daí, lembro-me de ter brindado com ele ao fim da Guerra do Ultramar, de ter cantado uma canção do Rick Astley no karaoke e de levar uma pancada forte na cabeça.
Sei que a última vez que vi a luz do dia foi a 2 de Novembro. Já não me recordo de que ano mas o Sporting tinha acabado de ganhar um jogo para a Liga dos Campeões, portanto deve ter sido há pouco tempo, certo?
Não faço ideia de onde estou. Está sempre escuro e apenas consigo ver alguma coisa quando eles abrem o que chamam de "portinhola" para me dar comida e trocar o bacio.

Sou obrigado a escrever textos para uma espécie de programa com o nome deste sítio na Internet. Acho que é um nome bastante adequado. Pessoas que só me dão três rodelas de cenoura e um caroço de manga para o almoço não merecem ter a Rita Pereira a gostar deles. Ainda para mais eu acho que eles cospem na cenoura...
Poderia escrever "foi o que me disseram ontem à noite" como punch-line para a última frase mas a verdade é que não me disseram nada ontem à noite. Aliás, a última palavra que ouvi foi "desenrasca-te" quando perguntei como podia escrever com as mãos presas atrás das costas. Mas desenvolvi várias técnicas de escrita com outras partes do corpo. Ainda bem que visitei a Tailândia quando era garoto, hã?

Não conheço os meus raptores. Mas eles também não me parecem conhecer a mim. Todos os dias ouço um a gritar "Pina nela!", pelo que presumo que pensam que eu sou uma mulher. A verdade é que também nenhum deles ainda me veio pinar...
Um deles tem claro sotaque de Mora ou Serpa (eu sou conhecedor do Alentejo) enquanto a voz do outro é igual à do tipo das imitações. Mas devem haver mais de certeza, se isto é um programa devem ter uma grande equipa. Nestas coisas da televisão eles têm sempre muita gente...

Não me lembro da cara dos meus filhos. Talvez devesse ter tido algum...
Não vejo ninguém há muito tempo. As únicas coisas que me fazem companhia neste buraco escuro são:
 - Uma fotografia de uma árabe com a legenda "Querido Kadhafi, estou à tua espera...";
 - Um pacote de pó de talco (tem dado jeito para a escrita);
 - Um rato ao qual apelidei de "Granizo", porque cada vez que vem do cano onde vive sai todo branco.

Eles estão aí a chegar. Devem ter percebi que eu desatei as mãos e estou a escrever no blog deles...
Rápido, chamem alguém! Não corro perigo de vida mas isto aqui faz humidade. O que é um bocado chato.
LEMBREM-SE: não vejam os episód...

AD

Sporting.

Num contexto de crise económica e social como aquele que atravessamos agora em que o nosso Governo está em risco de cair e a nossa classe média está em risco de acabar, no meio de pessoas cada vez mais pobres e esfomeadas... O QUE RAIO VAI NA CABEÇA DE UM ADEPTO DO SPORTING?
É que um benfiquista olha para a sua vida com desagrado mas chega ao fim-de-semana e ao ver o Glorioso jogar fica logo com outro fôlego para aguentar a dificuldade; Os portistas dizem "cuarago" uma semana inteira por tudo e por nada e quando vêem o seu clube jogar o dinheiro dos finos (que forma tão apaneleirada de batizar uma IMPERIAL!) é sempre bem gasto. O sacana do adepto do Sporting está em risco de colapso a qualquer momento!
Um gajo que ganha 400 euros por mês, que seja casado e com filhos, que viva na incerteza do seu emprego e que ainda por cima vê o seu clube perder cada vez que joga não é um apaixonado meus caros! É um mártir!!!
Ainda por cima a presidência de Godinho Lopes já teve melhores dias - se é que chegou a ter alguma bom. A única entidade que ganha com a Presidência de Godinho Lopes no Sporting é o Vaticano. Porquê? Porque por este andar todos os adeptos do Sporting vão ser canonizados pela pachorra infernal e masoquismo existencial que demonstram todos os Domingos.
Todas as semanas o Sportinguista diz: "É desta!", mas acaba sempre com a expressão: "Porra, não jogam nada à bola!".
A outra coisa que ganha enquanto Godinho Lopes for presidente do Sporting é a fábrica de antidepressivos.
Eu cá sou apologista de uma campanha de adopção de adeptos do Sporting por parte dos adeptos do Benfica ou Porto. Assim, sempre saboreavam a vitória, ainda que de vez em quando!


P.G.

Alcoól.

Já repararam que os Shot’s têm sempre nomes muito sugestivos tipo: “Sex Bomb” ou “Bitchslap”. O nome é sempre alusivo ao efeito que a bebida alcoólica em si provoca no consumidor. Mas dentro da panóplia de nomes possíveis para o shot verificamos que existem dois pólos da vida social dentro dos quais o shot que queremos criar se insere. Um dos pólos de que falo é o pólo da agressividade, que os consumidores escolhem quando querem apanhar uma pedrada do caraças. Neste conjunto temos os Shot’s que batem: “Bate na Avó” ou “Mata-Ratos” .  São exemplos bem credíveis de uma escolha sábia do nome para um shot cujo efeito seja esse.  Depois temos aqueles Shot’s que alegadamente têm a função de catalisadores da atividade sexual, estilo “Chupa no Grelo” ou “Sex on the Beach”.

 No entanto, o Shot não é uma poção.  Se o bebermos, não vamos fazer o que o nome nos diz para fazer. Mal seria se ao beber um “Bate na Avó”, um gajo fosse a correr para esmurrar a primeira velha que lhe aparecesse à frente. Ou se ao beber um “Chupa no Grelo”… bem já sabemos.

Mas deste ponto de vista, o pior mesmo eram as misturas. Um gajo que bebesse um “Bate na Avó” e um “Chupa no Grelo” acabaria a chupar no grelo da avó.

P.G.

Cenas fixes para se pensar enquanto se está na casinha.


Já viram aqueles programas ridículos com as rubircas de um dia com? Pois bem… Eu já e digo que aquilo é uma barrigada de rir de todo o tamanho. Porquê? Simples.  Pelas seguintes razões:
- A pessoa visada é tão irrelevante que o espetador (aquela pessoa que anteriormente assistia aos espetáculos vê-se reduzida a um objeto para espetar coisas e/ou pessoas) muitas das vezes nem sabe quem é;
-O entrevistado é tão estúpido e/ou burro que a única coisa que prende o espetador à TV é a gargalhada e o divertimento que daí pode retirar;
- As mamas da entrevistadora são de acordar os mortos.
Eu vejo esse tipo de programas por essa razão. A minha beleza não me permite observar de perto os atributos físicos das meninas, sendo que o mais perto que consigo estar de uma rapariga é assim, através da TV. Minto, ou através de uma revista. Ainda assim acho-os ridículos porque a mim não me interessa absolutamente nada que (ler com sotaque de tia de Cascais): o Pipi Cocó da Quinta da Marinha vai ao bingo com a sua mamã; ou que foi passar o domingo a casa do Lourencinho de Albuquerque que tem um Iate assim e assado e que tem guest para o Manta no dia frito ou cozido. Resumindo, eles mostram a revista CARAS, em meia hora de programa. É uma mega injeção de futilidade e paneleirice.  Um colega meu uma vez ficou tão escandalizado com o que viu num programa desses a desorientação  o levou a sair de casa, entrar no carro e sentar-se na alavanca das mudanças. Depois disso o carro apanhou SIDA e o meu amigo agora chama-se Cheila e trabalha no Martim Moniz.
Eu acho que vocês partilham da minha opinião. Não há coisa mais deprimente do que ver uma esfoliação de pele da Lili Caneças. Ainda preferia ver o vídeo da orgia do Castelo Branco com a aquele casal de Famalicão.

No vídeo do Castelo Branco, eu acho que eles deviam ter apostado numa produção mais ambiciosa. Em vez dever um empresário barrigudo com a camisa meio desabotoada a dar nas nalgas de um bicharoco como o Zezito, preferia ver um toque mais profissional:
- A velha, antes de ter relações com os dois indivíduos, mostrar-se à Câmara. Não à Câmara municipal mas à Câmara de vídeo. Se bem que pelo tamanho da mercadoria era preciso algumas cinco ou seis câmaras assim dispostas lado a lado só para lhe apanhar metade da bunda;
- Um Zé Castelo com umas meias de rede e uma saia Vermelha viva, com uns óculos de massa rosa choque. Aí sim, até o Furacão Sandy pedia a reforma.
-  O velho aparecia do nada já preparado para a ação e nem dizia bom dia, começava logo a a aviar.
Mas de falar de tanta porcaria até me estou a sentir mal comigo próprio e com Deus.

Aconteceu-me uma cena super estranha no outro dia quando fui á Igreja para procurar um momento de paz comigo mesmo. A Igreja estava fechada, o que me pareceu já de si estranho. Mas parvo parvo era o que estava escrito numa vitrinezinha das mensagens da Paróquia: Fechado para Almoço. Hã!? O que é isto? O funcionalismo público já chegou às Igrejas? Já um gajo não pode entrar lá quando quer? Temos de ir antes do meio-dia e depois das 4 por causa da hora de almoço? Parece-me que o facilitismo dos funcionários públicos já está a chegar à Igreja Católica. Eu imagino a partir de agora como será:
- um sistema de senhas para ir comungar;
- quando a Igreja está cheia de gente para confissões, aí meia hora antes os Padres começam a dizer, já só atendo mais um;
- os padres vão poder deixar os fiéis sozinhos na Igreja para ir fumar um cigarrinho ou tomar 50 pequenos almoços por dia. Depois vão se queixar para o Facebook que o Governo é ladrão quando no fundo quem não mexe a peida são eles… enfim. Foi uma situação tão estúpida que até tive de ver se não tinha entrado sem querer numa repartição de finanças. Felizmente não, sempre acabei por me rir á pála disto.


P.G.