segunda-feira, 17 de junho de 2013

Férias.

"Finalmente de férias!" gritou histérico no meio do metro. Resultado: toda a gente a olhar para ele, enquanto ele se sentia envergonhado e calou-se.
Chegou a casa e contou a todos que as férias tinham começado. Ligou à avó, atirou isso à cara da irmã, informou no facebook, informou no twitter. Bebeu uma cerveja para celebrar e sentou-se na cama.
E agora...e agora?
Pois.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Retrospectiva

Ontem ninguém se irá LEMBRAR.
                                                    Imaginei.                                                       
                                           Tentei ver o que faltava:                       
Palavras vãs presas na NEBLINA.
Entre os risos e a seriedade acumulada.
Rente ao chão, lugar da qualidade.
Entre o punho que esmaga a inovação.
Intrínseco à acção, acende-se a lanterna
Raspa-se o fósforo na escuridão
Apaga-se a luz ofuscante do NEON.
                                     Acentos faltam à falta de melhor.
Grita abandonado, o CONTEÚDO.
Onde um dia já esteve exaltado
Sobre um trono de papel pintado
Tons de sépia e alaranjado
Admirando [tal Golias] das alturas DAVID.
                                                                 Entre restos de um suado império.

Mascarado, sem clara lucidez
Indiferente à diferença
Mantém-se assim o império, sempre reluzente.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Tal como Cristo.

Juventude,

De tudo o que viram sobre nós, uma coisa descobriram: estes gajos não são homens de palavra. Confere, porque temos novidades fresquinhas que desmentem tudo aquilo que dissemos quando os homens andavam atrás da avó do Duarte.

Pinela desapareceu. A sério, não sabemos dele. Já chorámos por ele, fomos a Fátima 3 vezes e procurámos debaixo do sofá da minha casa. Se calhar está debaixo do sofá da casa dele, mas nós aí não procurámos. Tomámos como dado adquirido que ele emigrou, morreu ou está em Guantanamo numa prisão. Ele não atende o telefone, não podemos especificar.

A segunda novidade é a mais importante: ESTAMOS DE VOLTA! Oficialmente. Tal como Cristo ressuscitou 3 dias depois, nós voltamos 3 meses depois. Depois de estarmos envolvidos nos nossos próprios projetos e ambições, decidimos voltar. Desta feita sem Pinela, perdido no Pacífico ou no meio da Damaia.

O que temos para vocês? Mais do mesmo. Temos um quarto episódio que nunca foi para o ar. Vai agora, muito brevemente. Basta que os exames nos deixem respirar e voltamos para os vossos braços.

Sabemos que têm tido saudades, nós também. Por isso é que voltámos. O Blog está de novo, aberto! Os vídeos estão aí a sair... Não percam nada! Este verão vai ser memorável para "O Rita".

Pedro Geadas e Duarte Henriques, Criadores do Universo Paralelo onde os Pombos falam. E onde somos estrelas de cinema. E de rock. E estrelas do céu. E esquizofrénicos, mocados e ninfomaníacos. Ah e do programa "A Rita Pereira Não Gosta de Mim."

sexta-feira, 22 de março de 2013

Andam homens atrás da minha avó

Enganei-vos com o título.
Eles estão acamados, não podem andar.
Estes últimos meses tem sido de árduo trabalho para a segunda temporada deste mísero programa que chamamos de "A Rita Pereira Não Gosta de Mim". Escrevemos argumentos, escrevemos guiões, fizemos telefonema, gastamos dinheiro, ficamos sem dinheiro, pedimos dinheiro emprestado, filmamos cenas atrás de cenas, vieram-nos pedir dinheiro de volta mais juros, roubamos um banco, fomos presos, o pinela foi violado, deram-nos a liberdade condicional, voltaram-nos a pedir o dinheiro, dissemos que não tínhamos, partiram-nos as pernas, e cortaram o ... ao Geadas. A nossa vida tem sido recheada de peripécias atrás de peripécias para conseguir trazer algo novo à nova temporada deste talk show imaginário.
Confesso que nem metade do trabalho está feito. E verdade seja dita, os nossos sonhos não tem sido cumpridos. Está prestes a chegar, o primeiro episódio, mas digo-vos já, meu caros possíveis leitores, da segunda temporada, este programa não passará.

Façamos uma pequena pausa e coloque esta música:
http://www.youtube.com/watch?v=xButjfhZWVU

Não chore já.
Aguarde.
Agora sim, o momento é o indicado.
Desta vez é a sério, vamos mesmo terminar.
Seguiremos com as nossas vidas, como uma vez profetizei:
Eu apresentarei "Afinal a Rita Pereira já gosta de mim mas ainda guarda ressentimento" (título que roubei a Pedro Oliveira mas que vamos dizer que fui tudo ideia minha, mesmo que ele me leve a tribunal), Geadas viverá na miséria sem ninguém (risada maléfica), Pinela irá realizar um documentário sobre as suas aventuras no programa, intitulado "A vida de uma banda - ser escravo ou ser escravo, é a única opção", André Dias, um dos nossos escritores, fará uma crítica sobre o quão grandes são os títulos dos nossos projectos mas morrerá assassinado (porque eu não tolero críticas) e por fim, eu outra vez, serei rico e famoso, mas morrerei aos 27 anos, como morrem as estrelas fixes.
E partimos cheios de vontade de outros projectos.
E voltaremos, se este programa algum dia der lucro.

Entretanto, estejam atentos à nossa página do facebook, para o que vem ai da segunda temporada. Prometemos que vai ser estúpido, como de costume.

Saudações,
directamente da minha casa de banho

Duarte Henriques

domingo, 17 de março de 2013

Dissertações convencionais


Eis que mais um Domingo finda, o benfas ganhou e está tudo com a moleza de domingo à noite com o Manel Luís e o Manzarra nas TVs. E acabam eles com a odisseia!

Após algumas semanas sem escrever devido a problemas do foro intestinal, o meu regresso avizinha-se triunfal pelo simples facto de que agora já não tenho flatulência e, o texto, tal como as fezes, flui sem problema.

Hoje indignei-me. Estava a voltar para Lisboa e estava uma fila enorme para comprar bilhete. Faltavam poucos minutos para o autocarro sair e estava a ver a vida andar para trás. Comecei a cantar Grândola Vila Morena, do alto do meu vozeirão! Não aconteceu nada, à excepção das voltas do Zeca no caixão.

Um pequeno destaque para apostas online. Sim, é bom. Pode ser perfeito. A adrenalina, a pressão, as horas pela madrugada dentro e o puff quando tudo se vai. Enfim, passem na bwin: essa casa incrível que possibilitou apostas para a noite dos oscars, para a eleição do Papa ou, inclusivamente, se preferirem, apostem no curling. Sim, é um mundo incrível.  

domingo, 10 de março de 2013

Dispersão Musical

Não é fácil não ter tempo. Pior ainda quando não tens tempo para não ter tempo.
O que é que isto significa ao certo? Não faço ideia, mas acho que começar de forma pseudo-profunda ajuda sempre.

Adorava agora conseguir sacar um grande texto, digno de ser emoldurado num museu de um qualquer país estrangeiro (Museu do Country em Nashville, USA, prepara a moldura) ou nacional (CCB, prepara a moldura da Joana Vasconcelos feita de carne de cavalo). Algo que fosse digno de ser cantado por um qualquer Luís Represas ou Cindy Lauper, só que com um cabelo menos homossexual/ sem voz esganiçada.
Algo que avôs e netos pudessem partilhar, descobrindo coisas novas entre si, partilhando experiências, recordando histórias e desbravando o futuro. Porque é disso que a vida é feita.

Ora bem, aqui vai:

Amigos serão amigos: quando necessitas de amor eles dar-te-ão amor e atenção. Amigos serão amigos: quando estás cansado com a vida e toda a esperança está perdida, agarra a tua própria mão (penso eu) porque amigos serão amigos sempre até ao final.
No entanto, pega-me pela língua e eu conhecer-te-ei. Beija-me até te embebedares e eu mostrar-te-ei. Porquê? Porque eu possuo as movimentações como o Jagger.
Mas eu vejo-te a andar pela cidade com a rapariga que eu aprecio... E aí eu penso: vai-te lixar. Talvez os trocos no meu bolso não tenham sido suficientes. Porém, vai-te lixar.
Porém, nós vivemos num mundo material, e eu por minha vez sou uma rapariga material. Repito: tu sabes que nós vivemos num mundo material. E eu por minha vez sou uma moça material.

Aprendam com estas palavras sábias, um dia alguém as cantará por esse mundo fora em estádios cheios.


quarta-feira, 6 de março de 2013

Curtas.

Eu e o Duarte vamos participar num concurso de curtas. Já ganhámos, porque a dele é bué pequena.

Hugo Chavez morreu. Fidel Castro ainda não, mas está quase.

Um cão polícia disparou uma arma numa operação de busca nos EUA. Bobby é agora o cão de Quentin Tarantino e vai participar num dos seus próximos filmes - o Western violentíssimo: "O Bom, o Mau e o Woof!"

Vai começar o Conclave para eleger o nosso novo Papa. Existe controvérsia na escolha, pelo que vão ser admitidos três acólitos no recinto para experimentar cada candidato. Calma! A dúvida é: Nestum - Mel ou Cereais?

O Correio da Manhã diz que o sexo depois dos 60 tem outro significado: é a idade em que os companheiros passam um pelo outro no corredor e gritam: "vai-te f****!"

Erica Fontes ganhou um prémio pelas suas prestações em filmes pornográficos americanos. É o equivalente a um óscar. Também é concorrente ao guiness para o recorde da maior corrente de ar humana.

Oscar Pistorius, atleta paralímpico, foi preso por ter morto a namorada a tiro. Era suposto ter fugido, mas esqueceu-se de pôr as próteses.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Egotrip

Estava aqui na minha cama de solteiro a pensar em falar de mim, mas uma merda em grande. Alguém disse que "falar de nós nunca é fácil", esqueçam isso.

Acredito que para vocês comuns mortais seja difícil aceitar que pode haver alguém assim, até podem pensar que também são como eu ou que eu sou um aldrabão. Mas desenganem-se, aliás eu é que estou aqui a escrever e vocês a ler o que escrevo, só por aí vejam quem é maior e ponham-se no vosso cantinho.
Há por aqui mais textos e mais bloggers mas não se comparam a mim. Aliás eu fui o último a entrar por algum motivo, não deveria revelar isto mas vou fazê-lo, os "donos" deste blog estão desde o início a tentar contratar-me e só agora conseguiram. Sim "contratar", eu não sou colaborador, sou um blogger remunerado, o primeiro da história dos blogs. Nunca ouviram falar? É normal, ela só começou a ser escrita a partir do momento em que eu me tornei blogger. É uma história curta mas muito rica em qualidade. Sou quase como um deus dos bloggers, só não digo que sou efectivamente porque não acredito nessas "entidades divinas", foi só para perceberem.
Não só como blogger eu sou alguém que arruma a concorrência, eu faço-o em tudo aquilo em que estou envolvido. Obviamente não me envolvo em tudo, por exemplo, jogo futebol, obviamente sou o melhor, jogo fifa, obviamente sou o melhor, cozinho, obviamente sou o melhor, entre outras actividades, mas há obviamente aquelas em que nem me envolvo pois são para mim actividades para a ralé, como é o exemplo da música, isso só serve para pedir dinheiro na rua, fazer programas para um canal do youtube ou simplificando ser um "youtuber" é a merda mais batida, qualquer gajo parvo faz isso. Acho que já perceberam onde quero chegar.
Agora que já sabem quem sou podem falar de mim aos vossos filhos e netos, passar a palavra de que um comum mortal se tornou especial a partir do momento em que nasceu.
 Um dia abro um pouco mais o livro...


"Quem inventou a frase "não é fácil falar de nós" é um badameco."
(a frase está entre aspas porque é de um autor e transcrevi-a. Esse autor sou eu)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

pontapés na gramática.

Vossês naum detestão cuando as peçoas escrevem com errus?
Eu naum posso com issu. Nu entantu encontrei ah mumentos uma menssagem de um amigo meu que demonstera o male que esta o nossu paiz Portugalidal. Enconterei isto no faiçebuque e axei imenssa piada, peruque está mesmu engueraçado.

Entaum cá vai.

"Meus amigos vejam beem o que a Troica esta a fazer em Portugalidal

Hora vejam beem? eu pesso um hemprestimo ao Banco, e depoes desse hempresto estou sujeito que os chefes dos Bancos me venham contrular 
a minha casa?

hora isso é o que esses bandidos da Troica fazem Hemprestam dinheiro aos 
pequenos Paizes com juros elevados para os deitarem para a mizeria e depoes por cima ainda nos veem contrular, e comandar isso é uma vergonha para o mundo, hora eu conssidero isso uns manipoladores"


Vejaum isto. Este senhore ainda vai sere um ministero daqeles com N grande.
Paçus Coelho, eu çe fosse a ti, punha-me a pau.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Casa dos Segredos


Sobre a Casa dos Segredos: Vocês já repararam que a Casa dos Segredos é um bordel misto?
Então reflitamos sobre isso:
·         Há um chulo – a Voz – que decide o que eles podem fazer ou não e o dinheiro que eles ganham;
·         As cidadãs que não descontam para a segurança social – optei por esta descrição para não estar a dizer putas  porque se torna um pouco vulgar – conseguem-se descobrir logo pela maneira de ser porque passam a maior parte do tempo despidas e a mostrar tatuagens que deviam estar escondidas e também pelo que se pôde ver nas câmaras de visão nocturna;

·         Visto que nunca fui aos putos, não posso estar certo de que a parte masculina da casa se prostitua;
·         A Teresa Guilherme continua a ser a Teresa Guilherme.

Outra coisa que pude ver enquanto o programa passava era que o povo português era omnisciente sobre aquilo que se passava na Casa, A MAIOR PARTE SEM VER!
Quantas vezes não vieram ter convosco e vos disseram:
- Eh pá, viste ontem a Casa dos Segredos?
E nós respondemos muito ofendidos:
- Eu?! Eu não vejo isso. Essa merda não vale nada. Isso?! É a casa do p*tedo.
- Pois é que a Alexandra fez um bico ao Hélio na piscina.
E nós enquanto pensávamos:
- Ya, que fixe… Vi tudo!
Dizemos:
- Eh pá pára com nojices!
Eu vi esse episódio, só que não vi em direto. Vi no redtube!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Uma valente facada nas costas dos meus ilustres camaradas de blog

Garanto-lhes polémica neste artigo, caro público! Garanto-lhes arriscar tudo por vocês! Garanto-lhes arriscar a minha permanência neste grupo de trabalho! Mas mais do que este arriscar por si só - garanto-lhes que farei tudo isto, duma forma totalmente despropositada e escusada, como quem morde a mão que lhe dá comida, mesmo sabendo que morrerá de fome e mesmo adorando a comida que lhe dão. Aposto que já vos cativei e que tenho a vossa atenção, o que é normal porque qualquer ser humano saudável adora ver o seu próximo afundar-se na lama até ao pescoço.
 Começarei então por dizer, que não serão referidos nomes para que a facada seja mais nojenta e dissimulada. Avaliei os prós e contras da abordagem deste tema e no que toca aos prós: bem, digamos que, ao menos, a temática não será, nem Sporting, nem Porto, nem Benfica, o que já por si, é uma vitória porque fica mais que provado que tenho dois testículos, um pénis e um sítio (de onde não sai cócó) onde o pôr. Também não estarei a gastar o apelido de ninguém. Não estarei para aqui a falar de qualquer coisa nenhuma ou de um non-sense mentalmente regurgitado. Será providenciado todo o respeito aos familiares dos meus camaradas, dado que não sabiam que o seu coito viria a revelar-se tão mal sucedido, como também viria a representar um contributo tão fundamental e decisivo para a crise intelectual que se vive, nos dias de hoje, portanto aproveito para aqui deixar umas palavras de condolências “Pronto, já passou, não faz mal, o mundo perdoa-vos, papás e mamãs”. Será respeitada, integralmente, a língua portuguesa, ou seja, expressões como “…A sensação da primeira vez que lhe vi foi indescritível…” (Uma ode redonda, ln 4,5) não serão contempladas, neste espaço. Et cetera. Quanto aos contras: penso estarem bastante patentes pelo meu discurso e talvez daqui a horas, dias ou semanas também estejam bem visíveis na minha face. Conclusão: dedico toda esta minha produção escrita ao desprezo de todas as produções escritas dos meus colegas.
 P.s.: Não me estou a rir

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

História de um Furto Saudável

Lembro-me da última vez que me roubaram uma piada.

O sol já estava posto nessa noite de Verão. Olhava para a água estagnada, iluminada pelo brilho límpido do luar, enquanto pensava no que mais tinha de fazer. Enquanto, desesperado, arranjava soluções inúteis para parecer animado e sem qualquer chatice. Numa analogia cinéfila, tentado entrar em modo Hakuna Matata quando na realidade me encontrava em modo Scarface.
Foi assim da última vez que me roubaram uma piada.
Vendo bem, não foi uma piada mas sim o popular (?) chavão "O que é preciso é saúde!" que, admito, não tem grande piada. Mas de tão inesperado vindo de mim -- pois é uma frase que apenas costuma ser popular no vocábulo de senhoras de idade com problemas de coluna, algo que eu não sou... ainda -- é algo que costuma ser engraçado.
Para quem ainda se questiona, sim, posso considerar a frase roubada uma vez que mais ninguém a tinha usado naquele local de memórias agridoces e por aquela altura era uma espécie de catch-phrase minha, qual actor secundário numa sitcom de mau gosto.

O ladrão é desconhecido. Mais que isso, indiferente. Nem sequer amigo de Facebook (aquela rede social que nos dá um bom nº de visualizações), o que contradiz a citação cinéfila "Mantém os teus amigos perto e os teus inimigos ainda mais perto".
O ladrão também não estava a fazer o seu primeiro furto. Nem o mais valioso. Qual Clyde que julgava ser, havia furtado a (agora sua) Bonnie apenas dias antes. Limitou-se a espetar a bandeira no cume roubando uma frase, que em nada se comparava com aquele olhar indescritível, com o sorriso precioso do furto anterior. Ao pé da Bonnie, a frase valia tanto como um calhau do Homem-Aranha 3 quando comparado ao piano do Casablanca.

Voltando à ocorrência: não era algo com muita piada, óbvio, mas como algo que dizemos e pertencente a nós, mesmo que não inteiramente, causa impressão ouvir terceiros proferir tais sábias palavras. Porque de facto é preciso é saúde... mas apeteceu-me mesmo tirar-lhe a dele.

No entanto, e após a óbvia irritação qual Labrador que vê um caniche mijar no seu território, tive um sentimento. Mais um. E por raro que isso seja senti... orgulho. Não pela piada em si, que é uma merda (quer dizer... nem sequer uma piada é!) mas pelo aspeto irónico da coisa.
 Eu explico através da metáfora cinéfila: o orgulho vem de facto da ordem dos furtos: primeiro a Bonnie (oh, a Bonnie!) e depois o chavão (oh, a saúde!). A Bonnie troca de Clyde, que é obviamente "furtada" de livre vontade -- quer dizer, a vida não é um western ou um filme de raptos -- mas no entanto o Clyde novo, numa reviravolta inesperada, anda a tirar piadolas ao "good ol' Clyde". Ironia explicada? Pois, eu sei que não.

Mas seja o que for que isto signifique, foi nessa noite de Verão que percebi: há muitos mais chavões saloios de onde aquele veio.
E, saído da beira da água estagnada, concluí, embrenhado no fumo da metáfora, que enjoei do filme. Não contem comigo para mais furtos que eu já sei como é que o filme acaba. Spoiler alert: eles morrem os dois vítimas de tédio um do outro. Ah, e de balas da polícia.

Até para a semana.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O meu nariz

Epa imaginem uma nota introdutória bonita e essas paneleirices que os bloggers a sério fazem. Foram estas duas linhas pronto.
Imaginem-se a falar com aquela dama que vocês vêem a passar todos os dias na escola e que nunca vos falou, mas calhou naquele dia ela falar. Ela fala e tal e um gajo com aquela ranhoca chata, aquela comichão no nariz que ninguém deveria ter quando fala com uma miúda.
Temos uma conversa, timidamente faço perguntas sobre ela e ela responde mostrando-se interessada e sorridente, muito tímida não me olha muitos nos olhos e ainda bem pois a comichão no nariz é cada vez maior, para além da ranhoca parece que há vida lá dentro. Não sei que faça, meter a mão é muito arriscado. Já sei vou tentar convidá-la para um café e dizer que tenho de me ir embora. É isso que faço, ela aceita, eu fico radiante por dentro mas mostro-me calmo. Ela após meia hora de conversa sente-se à vontade e pergunta-me algo que eu estranho “qual a profissão do teu pai?”, eu estranhando a pergunta respondo, “é marisqueiro porquê?”. Ela levanta-se, esboça um sorriso e diz “eu vi logo, beijinhos.” Vira costas e sai. Eu finalmente meto a mão ao nariz e aflitivamente tiro o que lá estava, um burrié, um malandro que sem eu dar conta entrou no meu grande nariz nessa manhã enquanto ajudava o meu pai. Tirei-o e saí dalí.
            Já aconteceu a todos eu sei.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Tréguas na 2ª circular

Apesar de sermos bastante elitistas, é de bom tom descer ao nível da plebe e soltar algumas sábias considerações sobre esse grande clube que é o Sport Lisboa e Benfica, em resposta ao meu querido colega que ultimamente tem vindo a ferir o orgulho lagarto.

É grande sim: porque em 104 anos de história (sim, porque isso de ter nascido em 1904, é muito bonito, mas é para enganar fadas) adquiriu um património fenomenal: um estádio incrível (ainda que parcialmente por pintar), 32 campeonatos, dezenas de taças, duas taças dos campeões europeus e teve o grande pantera negra (uma jogada à Pinto da Costa que o surripiou ao leão), entre outros feitos. É inegável!

Inegável também é a grandeza do clube que José Alvalade projetou e sonhou que seria “tão grande como os maiores da Europa”. Bem tivemos os violinos, o caneco europeu em ’64, nada mau hein?!

Mas o que orgulha os leões, sim!  Aquele fenómeno que lhes permite lograr nas várias frentes! Ah bem dito sejas ecletismo leonino que nunca nos deixas ficar mal quando o desporto rei nos desilude:
-“O benfas foi dar 3-1 aos lavabos do outro lado da circular!
-Foi agora! Que importa isso, não viste aquela rabia que os lampiões levaram no futsal?!

O que é inegável também, e que não interessa muito falar, é da época 2000/2001 em que o Glorioso acabou num honroso 6º lugar. Enfim, coisas irrelevantes, verdade? 

No entanto, oh sábios deuses, confessores e sagrados guardadores das preces e reivindicações da massa adepta gloriosa, lembrai-lhes que passaram pelo mesmo que os verdes da 2ª circular atravessam de momento: perda de ídolos (João V. Pinto), más épocas desportivas e direcções miseráveis e destrutívas. Enfim, lá estou eu com redundâncias!

Isto tudo para dizer que é natural todo esse esforço hercúleo para deitar abaixo o orgulho já ferido dos pobres lagartos que de verde já pouco têm. Mas a sério, não se esforcem, porque mais abaixo que a actual situação só o expresso para a liga vitalis ou, às mãos do timoneiro Flopes, para os pelados das distritais.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Como escrever um livro.

Como escrever um livro: para quem não é criativo mas que quer ser um escritor publicado e reconhecido. Primeiro ponto – fale de uma polémica na qual esteve envolvido. Se não esteve envolvido em nenhuma, diga que se cruzou certa vez com um sujeito que conhecia a prima de um envolvido numa polémica a que se esteja a referir. Em último caso, invente uma.
Segundo ponto – Refira-se a si mesmo na primeira pessoa do singular. Referir-se na terceira pessoa do singular dá ares de egocentrismo.
Terceiro ponto – não se preocupe com o português. Use a sua linguagem normal. E mesmo que a ocasião não o peça, use o calão, insultos e nomes feios.
Quarto ponto – escreva 50 páginas da suposta polémica e da sua experiência de vida.
Quinto ponto – coloque imagens, letras grandes, muitos espaços brancos e nada de muito extenso em cada página. Se seguir estes pontos à risca, terá agora um livro de 200 ou mais páginas.
Sexto e último ponto – leve a uma editora. Se aceitarem, é porque você fez tudo bem.

Nota: se preferir, substitua polémica por celebridade que conheceu ou com quem esteve envolvido.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sonhos de criança

Quando andava no ensino básico fiz um trabalho, em Área de Projeto, a defender a arte urbana, nomeadamente o Graffiti! Era o meu grito de rebeldia da altura. Pesquisei exemplares desta arte no Google, escolhi os melhores, introduzi-os num powerpoint, reuni alguns argumentos a favor da minha tese ("O Graffiti não é javardice, é rebeldia artística bué da fixe") e depois apresentei o meu trabalho à turma. Quando acabei, não me senti satisfeito porque, na verdade, estava-me a borrifar para as artes urbanas. O que eu queria mesmo era insurgir-me contra o reino dos adultos bem formados e eticamente corretos e não tinha conseguido nem uma pontinha de revolta ou de desaprovação da minha docente. Isto irritou-me severamente, pelo que fiquei largos minutos olhando a professora, que continuava a sua aula com a maior das naturalidades. Foi então que dei o meu verdadeiro parecer acerca do asunto - mandei a professora para o pénis, quando a funcionária chegou para me levar para o concelho executivo, mandei-a para o pénis também e quando cheguei ao gabinete da diretora, mandei-a igualmente para o pénis!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Apelo aos Nossos Seguidores

Dia 5 de Fevereiro de 2013 assinala o Dia Mundial da Nutella.
Confesso que é uma data importante para mim, quase como um Natal em pleno Fevereiro, um aniversário no início do ano... um Dia dos CTT que surge mais cedo!

A Nutella é para mim o que o Benfica é para muitos portugueses: algo de que desfrutam uma vez por semana mas em que pensam todos os dias. E só não falam sobre isso se não tiverem com quem discutir tal assunto (o que no caso da Nutella não é fácil...).

Por isso gostaria que todos vós que lêem esta página, que nos acompanham nestas nossas divagações acerca do dia-a-dia, a todos aqueles que reflectem sobre as nossas palavras (sim, mesmo as do Maçãs)... Peço a todos que se juntem a mim na celebração do Dia da Nutella.
Quero sentir que não estou só, que este nosso espaço pode fazer a diferença. No fundo, que somos importantes para vocês tal como cada um de vocês é importante para nós. Aliás, se todos vocês fossem apenas meia dúzia, convidava-vos para um café. Vá, um carioca, que eu não ando a nadar em dinheiro.

Assim, e em resumo, dêem-me a mim (e a vocês próprios) algo por que celebrar neste dia. Não peço nada monetário, nem postais comemorativos e muito menos colheres -- que eu tenho a minha própria, por causa dos germes.

Gostaria que, neste espaço de comentários ou nas nossas redes sociais, constituidas por uma página de Facebook, um pager e um apartado em Mem-Martins, descrevessem o que significa para vós a Nutella. Algo do género: "O que mais gosto na Nutella é..." ou  "A minha maneira favorita de desfrutar de Nutella é...", para que possamos todos celebrar esta data em comunhão. E cuidado com as respostas à segunda frase.

As duas melhores frases receberão um frasco (ou um boião, a mesma coisa) desta preciosa substância, assim como a minha eterna gratidão por me mostrarem que não estamos sozinhos nesta página.
Adoro-vos a todos. São os melhores seguidores que qualquer pessoa pode ter. Excepto aquele tipo esquisito que me continua a mandar mensagens com a sua morada e fotografias do que penso ser o seu hamster.


Aguardo as vossas contribuições para este nosso espaço de harmonia e paz. Beijos e abraços.
Até para a semana.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A Filosofia do CAPS LOCK.

SEJA BEM VINDO!
SENTE-SE.

JÁ ESTAVA SENTADO? ENTÃO VOCÊ DEVE SER ADIVINHO PARA JÁ ESTAR A PENSAR QUE EU IA LHE PEDIR PARA SE SENTAR E PARA ME SURPREENDER SENTOU-SE PRIMEIRO.
ESTA NOITE DECIDI FALAR-VOS DA FILOSOFIA DO CAPS LOCK E PORQUE RAZÃO TODOS NÓS DEVÍAMOS ESCREVER ASSIM. TAMBÉM VOS QUERIA FALAR SOBRE TOMAR ÁCIDOS E SNIFAR COM REGULARIDADE MAS FICA PARA A PRÓXIMA PORQUE NÃO ESTOU EM CONDIÇÕES.
A FILOSOFIA DO CAPS LOCK É FASCINANTE PORQUE PARECE QUE ESTAMOS SEMPRE HISTÉRICOS, EXALTADOS, FURIOSOS E AOS GRITOS (SIM PARECEMOS PEIXEIRAS) MESMO QUANDO NÃO ESTAMOS.
TODOS DEVÍAMOS ESCREVER ASSIM PORQUE ESTARÍAMOS A DEMONSTRAR MELHOR AS NOSSAS EMOÇÕES.

E É ESTE O TEXTO DE MIM PARA VÓS HOJE.

O CAPS LOCK EXISTE POR ALGUMA RAZÃO.

USEM-NO.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Escrevi

Olhem para esta gente! Falam da atualidade desportiva, escrevem só por escrever, sem tema, tentam alcançar o público, através de ações e apetites comuns, a todos nós, e fortuitos dos nossos dias de todos os dias. Inventam histórias ridículas, quase impensáveis, improváveis, criam trocadilhos de todo toscos, fáceis, ligeirinhos. Não magoam, nem curam, não constroem, nem destroem coisa nenhuma. Ficam-se pelo arroto inodoro e silencioso. E ainda assim, Leiam-me!, gritam eles até fazer ferida e, nem por isso, os lêem. Que despiedado ser, o humano! E continua a gritaria, ainda que, por vezes, muda e dissimulada. Ninguém percebe que está tudo dito, não há mais nada a acrescentar, alguém já escreveu esta mesma frase, não sou o primeiro nem o último (sim, porque as tentativas de escrever qualquer coisa completamente nova e original multiplicam-se à velocidade de medíocres rasgos de inteligência, por todo mundo, a todo o instante). "As palavras estão gastas" como dizia Eugénio de Andrade e, para além de estarem gastas, não há uma única combinação entre elas que não tenha já sido feita. Todas as frases já foram concebidas. "Vem para casa!" "Fica comigo." "Gostava, queria, que, por mais que desprezem a seguinte frase, a aceitem como sendo vossa." Ah sim, mesmo a mais complexa estrutura frásica já foi conseguida. Mesmo a maior incoerência. Mas sabem que mais? Eles vão continuar a berrar desalmadamente para que os leiam e, eventualmente, por uma vez ou outra, vocês lê-los-ão só para ver em que ponto é que o desespero vai no campo da escrita.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sporting II

Eu sei que em tempos de crise é lixado falar de temas que andam a puxar pela incredulidade da opinião pública. São esses assuntos que me dão ainda mais pica de comentar aqui. Porquê? Sadismo. Não, não sou do Vit. de Setúbal, apenas sou sádico. Como tal vou gozar mais um bocadinho com os sportinguistas, esses seres em alto risco de suicídio.
Se são espetadores de televisão, com certeza reparam na "bitch-fight" entre Sporting e Porto. Sim, parece uma luta entre duas gajas por causa de roupa. Imaginem que o FCP se chama Maria, o SCP Henriqueta e o Ismaylov é um par de botas Jeffrey Campbell.
- Quando a Maria viu a Henriqueta com o Ismaylov nos pés, com certeza terá pensado o seguinte: "Cabra dum raio, que botas de merda!", ou em futebolês "Estes cabrões têm um russo marreco que não joga um cacete à bola!".
- Como as raparigas são falsas, tal como os dirigentes desportivos, o pensamento manifestado era com certeza o contrário, isto é:

  • A Maria adora as botas da Henriqueta e quer ter umas iguais, mas como o Ismaylov é único - merda igual não há - espera uns aninhos até que a Henriqueta as deixe de usar para comprar umas iguais (mas depois vai.-se a ver e são diferentes porque o Ismaylov teve que por mais um "Y" no nome para disfarçar). 
  • A Henriqueta ao presenciar esta falcatrua pensa: "Cabra, tem umas botas iguais às minhas!", mas a Maria finge que não é nada com ela e mete o Ismaylov a marcar golos!
Perceberam o raciocínio? Ótimo! Eu acho que me perdi a meio mas fiz passar a mensagem.
Os portistas têm inveja do Sporting, por isso é que lhes andam a roubar os jogadores! O que é que se segue? Tomar o estádio de assalto?! Comprar o Sporting?
Eu nem quero imaginar o descalabro que seria.

Primeiro Varela, depois Moutinho... Agora Ismaylov e fala-se em Liedson. Só falta porem dirigentes desportivos sportinguistas no Porto, mas isso significaria a ruína total do clube e a glória do Benfica durante muitos anos. Agora, há apenas um equilíbrio.

O ideal era mudar toda a estrutura do Porto, e transformá-lo no SCP - Sporting Clube do Porto - em que tudo o que existe foi produzido pelo Sporting. O equipamento até tem riscas e tudo!!!

Sob o signo de um leão que cospe fogo, teria a seguinte Direção:
- Presidente - Luís Figo;
- Vice - Simão Sabrosa;

Outros nomes possíveis:
Pedro Barbosa;
Rochemback;
Rogério;
Douala;
 (e todos os membros do plantel do ano em que foram campeões pela última vez!)

Enfim acho que o número de benfiquistas vai subir, porque os adeptos dos outros grandes não sabem de que clube querem ser. Só faltava mesmo o Patrício ir para o Porto.

Numa madrugada qualquer

E se eu escrever aqui sem parar?
E se eu, por qualquer coisa que me tenha dado, quiser escrever e escrever e escrever letras atrás de letras, palavras atrás de palavras sem parar para pensar no que escrever aqui? Nada disto tem que fazer sentido, nada do que acontece alguma vez faz total sentido.

Posso apenas escrever letras após letras como se estivesse a carregar erráticamente (será esta a palavra? Nem me interessa...) em teclas de computador ou como se (abcdefghijklmnopqrstuv) eu fosse alguém que não compreendesse as regras da escrita. Mas compreendo e por agora não quero usá-las, recuso a lógica, recuso o certo, mas recuso também a forma certa de estar errado; recuso tudo e afasto o que estiver no meu caminho. Por agora só quero escrever, sem rumo e à deriva -- por outro lado, será que alguém que escreve pode de facto estar à deriva, sendo que até o nada é sempre um assunto?

Não, não paro. Não paro... NÃO PARO! Ninguém me obriga. E quem levará a mal? Não é crime sentir-se vazio, não é crime tentar não sentir, não é crime estar nervoso e não é crime escrever. Por enquanto.

Enquanto esta veia de pseudo-poeta der, ainda vou tendo material. Não quero parar. Porque não ser aleatório? É algo novo... e o pior é mesmo não fazer nem dizer nada novo, exactamente o que me levou até aqui.
Relógio, dado, cadeira, tupperware, venda a retalho, almofada, complemento, fagote, Roberto Leal, jacuzzi. (Esperemos que estes três últimos nunca estejam relacionados.) Alguns exemplos de quão aleatório alguém pode ser. Faz sentido? Nope. Mas é interessante de fazer? Hellyeah.

Vou parar, está quase, tenho de parar. Ainda não esqueci o que me levou a isto, mas está quase. E é por isso que não quero parar. Oh, como eu quero ter uma ideia que não me faça parar!
Mas parei.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Noites frias e marias

Sabem aquela vontade súbita, aquele momento em que estamos emaranhados dentro do cobertor e da manta no sofá e nos apetece comer? Está a apetecer-vos? A mim não. Mas isso é porque já saciei a fome faz agora uns minutos.

Destemido, deixei o cobertor para trás e, de chinelos nos pés, corri até à cozinha (corri mesmo porque pareço ainda mais fixe), abri o frigorífico... nada. Nada não, comida havia, mas sabem como é, nada que nos satisfaça nesse momento. Bah! Despensa és a minha esperança final! Adivinham o que eu tenho, não? Sim, bolachas. Mas não uma bolacha qualquer! A bolacha de todos os momentos, que nos acompanha quando mais precisamos e que está sempre lá quando mais precisamos: a bela da Maria!

A Maria sim. Que nunca sabe mal, que consegue ser, às vezes, a melhor de todas as bolachas do mundo imaginário das bolachas! Esta era tostada. Maria tostada! Damn! *.*

Voltei ao sofá: televisão, pc, cobertor e Marias. A cultura do ócio tem destas coisas! Como é bom não ter que fazer.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Rei Alentejano

E a sua queda, o enxerto de porrada, o despedimento e a sua morte por violação

Primeiro que tudo, imaginemos o alentejano com uma coroa na cabeça, sentado num trono gigante e possante, com um sorriso cintilante, com a mania, com um cu que fala francês, italiano e chinês. Cu culto.
Agora imaginemo-lo morto e violado por patos violadores. Porque é assim que começa a nossa história.

O alentejano estava morto. Todos sabemos quem era o alentejano, portanto não vale a pena descrever a sua figura. Mas vamos descrever à mesma. Era gordo, feio, parvo, careca, mas tinha todos os dentes e não pagava as contas. Por isso é que estava morto. E mais, sempre que passava por um mendigo, começava a sorrir e a exibir os seus dentes, dizendo: eu tenho, tu não.

Geadas era rico, excêntrico e almeida aos domingos. A sua riqueza era invejada por toda a gente e a sua fama já tinha chegado a todo o mundo. Pelo menos nos seus sonhos. No entanto não era nenhum mestre em filantropia. Aliás, não era nada generoso. Não que não tivesse tido momentos de repentina generosidade ao longo da sua vida, mas quando assim acontecia era porque lhe convinha ou simplesmente porque lhe apetecia. E muitos eram os que lhe batiam à porta a pedir algo, desde um pouco de açúcar a quinze euros. E nessas alturas Geadas limitava-se a abanar a cabeça, deitar a língua de fora e a desaparecer.

O começo do Geadas foi humilde, mas interessa-nos o seu fim.
Um dia ele caiu da cadeira, levou um enxerto de porrada, foi corrido ao pontapé do talk show, perdeu a mania e foi violado ferozmente por patos violadores enquanto pisava minas de cagalhões.

Que Deus tenha em descanso a sua alma.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O Regresso do Rei

Antes de mais nada gostaria de desejar a todos um Feliz Natal e um Bom Ano Novo!

Provavelmente estão todos como eu: gordos, inchados, com uma quantidade exponencial de açúcar e álcool no sangue e com a vossa dieta do Inverno arruinada. Ainda se comem doces do Natal e se ressaca do Ano Novo, eu pelo menos, porque tive uma congestão na noite no meu revelhão.

Eis que regresso depois de uma longa ausência, devido a uma reunião de negócios que tive no Dubai por causa da reserva de petróleo privada que tenho no quintal. Só cheguei há pouco porque tive de ir e vir de autocarro e fiz escala em Fátima - o que é uma porcaria porque demorei o dobro do tempo- o que se traduziu numa ausência que certamente revelou que eu não estava cá. Certamente terão havido convites a convidar pessoas a visitar este glob mas como eu estava ausente não estando presente as pessoas não liam.

Okay depois deste nó no cérebro providenciado pela desconexão do meu discurso, vou refletir sobre as minhas férias de Natal em tópicos:
- Comi bué - tipo bué;
Ingeri uma quantidade incrível de doces, o que me provocou uma dilatação ligeira da cavidade abdominal, logo regularizada por várias idas à casa de banho num misto de sensações de aflição/alívio;

- Participei nas Festividades Natalícias Caraterísticas do Povo Ocidental;
Estive presente na Missa do Galo e vi que a missa é celebrada com uma criança meio despida no altar, à qual são dados beijos no final da cerimónia por parte dos fiéis. Sr. Papa Bento XVI: Depois quer que não hajam boatos;

- Tive prendas:
 Cuecas, chocolates, roupa interior e chocolates (e dinheiro em spray);

- Passei o ano em beleza:
Estava mesmo lindo, bem arranjadinho e tal... Só que comi que nem um javardo e tive uma paragem de digestão. Quase morri, mas fui salvo por um bebé em cuecas - Thanks Baby Jesus!

Pedro Geadas - o Rei regressou ao glob do Rita!